Um grande volume de lixo jogado em um terreno baldio da Cidade Jardim, em São José dos Pinhais, tem preocupado os moradores próximos. Eles alegam que o acúmulo de detritos está provocando a proliferação de moscas e traz riscos de doenças. O terreno, que ocupa quase duas quadras do bairro, não tem origem conhecida. Alguns arriscam em dizer que ele pertence à Prefeitura de São José dos Pinhais, outros que é de propriedade particular. A situação, segundo os moradores, se arrasta há quase três anos.

“Jogam vários tipos de materiais, como latas, papelão, lixo comum. Com isso, junta um monte de moscas”, denuncia a pedagoga Carmem Marília Cortes de Souza, de 34 anos, que mora ao lado do terreno baldio. Mãe de um bebê de seis meses e um menino de 7 anos, ela conta que sua maior preocupação é o risco de contrair doenças. “A gente paga imposto e sequer tem um mínimo de segurança, higiene”, reclama.

Proibido

O que chama a atenção é que logo na entrada do terreno, um grande cartaz indica que é proibido jogar lixo. O difícil é controlar a entrada de detritos. “Os caminhões despejam lixo à noite, e não há o que fazer”, lamenta o motorista Luiz Carlos Monteiro, 40, membro do Conselho Comunitário do bairro. “A Prefeitura deveria colocar um fiscal aqui.”

De acordo com o motorista, o terreno tem autorização para receber apenas restos de materiais de construção e terra, mas não é o que acontece na prática. “Até mesmo os moradores próximos jogam lixo no terreno. Falta colaboração das pessoas”, lamenta. Para ele, o aterro foi importante, porque antes o local dava lugar a uma espécie de brejo.

O motorista coletivo Ivo Leprevost de Lima, 51, divide opinião semelhante. Morador do bairro há 12 anos, ele reclama que a rede de esgoto da rua está comprometida por conta dos caminhões que descarregam resíduos no local e acabam sujando a via e entupindo os bueiros. Outro problema, denuncia, é a grande quantidade de moscas e o mau cheiro. “A gente não agüenta mais comprar tanto inseticida”, reclama.

Com relação ao destino do local ? alguns arriscam em dizer que o terreno será loteado, outros que seria transformado em terminal de ônibus ou um parque ?, Ivo alerta para o risco de um possível loteamento. “Aquilo é uma bomba-relógio”, diz. “Como podem fazer casas sobre um monte de entulhos, como a madeira, que é altamente explosiva? Além disso, podem ocorrer desabamentos.”

A Prefeitura de São José dos Pinhais informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os moradores que se sentirem prejudicados com o acúmulo de lixo no local devem fazer uma reclamação oficial. Segundo a assessoria, com um protocolo de reclamação em mãos, a Prefeitura pode tomar as providências necessárias contra o dono do terreno.

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