Linhas do terminal do Guadalupe podem mudar

O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) está acelerando seus estudos para que novas obras sejam iniciadas, principalmente com relação à infra-estrutura de alguns terminais, dentro do planejamento que faz parte do Plano Diretor da Cidade. Um dos principais pontos desses novos planejamentos seria a transferência parcial das linhas do terminal do Guadalupe, localizado no centro de Curitiba. Com o intenso movimento de ônibus e passageiros, o local tem sido alvo de constantes reclamações por causa do grande tráfego de veículos em horários de pico e com o acúmulo de filas que se formam à espera dos ônibus.

O projeto da transferência parcial, segundo o diretor do Ippuc, Luiz Hayakawa, ainda está no papel e precisa de algumas definições antes que seja realmente posto em prática. Ele afirma que a construção de um novo terminal, no pátio da rodoferroviária, resolveria parte do problema, mas que deve ser realizado somente em médio ou longo prazo. “Temos essa idéia, mas dependemos da desativação total das linhas férreas, para que possamos realizar algo concreto. Com esse novo terminal, o Guadalupe abrangeria um número menor de linhas, desafogando o trânsito e causando menos transtorno para os usuários”, diz.

Hayakawa ressalta ainda que todos os próximos projetos visam uma maior integração de todas as regiões. “À medida que a cidade cresce, o plano tem que seguir essa nova tendência, para atender as expectativas da população. Estamos trabalhando nisso, para resolver qualquer percalço que apareça”, completa Luiz.

Reclamações

Alguns usuários do terminal Guadalupe explicam que a demora dos ônibus é o principal problema do local. As filas constantes e a ocorrência de assaltos também aparecem nas reclamações. A estudante Eliane Adad, de 19 anos, conta que “já viu de tudo no terminal”. Ela mora em Campina Grande do Sul e vem até a capital para estudar. “Sempre acontece algum problema no terminal. As filas são grandes e a demora parece não ter fim. Mas o que aumentou foram os pedintes querendo dinheiro”, afirma.

Leonardo Matos Assunção, de 19 anos, é eletricista e mora em Colombo. Para ele, a falta de segurança no local acaba aumentando o número de mendigos, assaltos e outros problemas. “Como temos que esperar muito pelos ônibus, vemos um pouco de tudo. Vira e mexe tem uma correria no terminal por causa de assalto”, revela.

A comerciante Ângela de Jesus, de 45 anos, trabalha há 5 anos no terminal e afirma que o número de jovens consumindo drogas e fazendo bagunça no local cresceu muito. “Os assaltos acontecem, mas o principal problema são essas pessoas que causam transtorno para os passageiros. Isso afasta a chance de um cliente vir até o comércio comprar algo”, reclama.

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