Liberados sete cursos suspensos na UEM

O governador Roberto Requião autorizou ontem a liberação de sete dos nove cursos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) que ainda estavam suspensos. Voltam a funcionar os cursos de Agronomia, Medicina Veterinária, Tecnologia de Alimentos, Técnico em Meio Ambiente, Design, Moda e Engenharia Agrícola e ainda continuam em análise os cursos de Música e Técnico em Construção Civil. No próximo vestibular da UEM, no final de agosto, já estarão disponíveis as vagas para os sete cursos regularizados pelo governo do Estado.

Dos 43 cursos de graduação suspensos, 37 já foram liberados. A suspensão ocorreu em setembro do ano passado, por determinação do governador Roberto Requião, para que o governo pudesse examinar a viabilidade desses cursos. Segundo o secretário da Ciência e Tecnologia, Aldair Rizzi, esses 43 cursos foram criados sem qualquer planejamento e análise de impacto financeiro: “Nos quatro últimos anos da administração Jaime Lerner, foram criados 92 cursos nas universidades estaduais, 49 deles somente em 2002. Muitos cursos seguiram critérios eleitoreiros”, afirmou Rizzi.

Na UEM foram suspensos 17 cursos desde o início do processo de avaliação. Em maio deste ano foram regularizados oito: Arquitetura e Urbanismo, Ciências Sociais, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Produção, Engenharia Mecânica, Estatística, Filosofia, Secretariado Executivo Trilingüe. Estes cursos exigiam investimentos tanto para adequação dos espaços quanto para aquisição de equipamentos.

“A regularização da maioria dos cursos suspensos em tempo recorde deve-se a um esforço conjunto: governo, universidades e sociedade”, afirmou Rizzi, ressaltando que o governo do Estado não tem interesse em fechar universidades, “mas assegurar um ensino de qualidade e infra-estrutura necessária para o funcionamento dos cursos”.

O reitor da UEM, Gilberto Pavanelli, disse que a regularização de mais sete cursos significa um momento extremamente importante para a instituição: “Só temos motivos para comemorar. Podemos agora planejar e consolidar definitivamente os cursos, beneficiando três mil alunos que estavam aguardando essa decisão do governo do Estado”, disse.

Pavanelli afirmou ainda que considera muito positivo o resultado da análise feita nos cursos, que passarão a ter uma estrutura mais aprimorada. “Enquanto os cursos ficaram suspensos, houve um engajamento muito grande das comunidades, que buscam aprimoramento nesses cursos de extensão em razão das características da região, voltada principalmente para a indústria do vestuário e para a agricultura”, lembrou o reitor.

A Universidade Estadual de Ponta Grossa teve oito cursos suspensos e todos liberados após apresentação do detalhamento das necessidades de pessoal, custeio e investimento. A Universidade Estadual de Londrina, que havia tido apenas o curso de Zootecnia suspenso, também recebeu aprovação do governo. Já na Unicentro, que fica em Guarapuava, dos 15 cursos suspensos, 13 foram liberados, ficando pendentes apenas Farmácia e Fonoaudiologia. A única universidade com cursos suspensos e não liberados é a Unioeste, que aguarda a regularização dos cursos de Enfermagem e Administração.

Voltar ao topo