O Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen/PR) implementou uma nova tecnologia chamada Deeplex para acelerar o diagnóstico da tuberculose. O sistema, que custa mais de R$ 270 mil por ano, utiliza sequenciamento de nova geração para detectar simultaneamente se a bactéria é da tuberculose e identificar mutações genéticas que conferem resistência aos principais medicamentos.
Com essa inovação, o Lacen/PR consegue fornecer aos médicos informações cruciais sobre a bactéria e sua possível resistência, permitindo o início de um tratamento otimizado em menor tempo. Isso aumenta significativamente as chances de cura e reduz a disseminação de bactérias resistentes.
A tecnologia Deeplex, antes restrita a pesquisas, agora está disponível para diagnóstico clínico no Paraná. Sua implementação coloca o estado na vanguarda do combate à tuberculose no Brasil, alinhando-se à Estratégia Fim da Tuberculose da Organização Mundial da Saúde (OMS), que visa reduzir em 90% as mortes e em 80% a incidência da doença até 2030.
A tuberculose, doença infecciosa causada pelo Bacilo de Koch, afeta principalmente os pulmões e é transmitida pelo ar. Apesar da existência da vacina BCG, a doença ainda representa um desafio para as autoridades sanitárias. No Paraná, foram registrados 2.579 casos até novembro de 2025, com 134 óbitos em 2025.
A adoção dessa tecnologia avançada pelo Lacen/PR representa um passo importante na luta contra a tuberculose, oferecendo diagnósticos mais rápidos e precisos, essenciais para o controle efetivo da doença no estado.
