O juiz Abilio de Freitas, da 5.ª Vara Cível de Maringá, determinou ontem o uso de força policial para que os servidores em greve coloquem em funcionamento normal o Hospital Municipal, unidades de saúde, regularizem o serviço de coleta de lixo da cidade e permita a entrada e saída de funcionários nos prédios públicos. Declarada a ilegalidade da greve, a ordem judicial já foi remetida para o comando da Polícia Militar, em Curitiba.

continua após a publicidade

A greve, porém, continua sem previsão de término. Essa é a mais longa e turbulenta manifestação. Em 17 dias, as partes se reuniram apenas duas vezes para tentar chegar a um acordo. Porém, até o momento, nenhum passo foi dado. O Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar) alega falta de vontade da Prefeitura, que diz o mesmo.

Enquanto não decidem pelo fim da greve, os prejuízos, como admitem as partes, recaem sobre a população. Segundo o sindicato, os postos de saúde funcionam com a equipe do Programa Saúde da Família que cobre as lacunas dos servidores parados. As escolas e centros de educação infantil ainda não retomaram as atividades normais. Além disso, coleta de lixo e o Hospital Municipal funcionam apenas com 30% do efetivo.

No site da Prefeitura a falta de serviços básicos é confirmada. Eles ainda completam que serviços como varrição de ruas, coleta de animais mortos, manutenção do Cemitério Municipal, serviços de iluminação pública, entre outros, também estão sendo prejudicados.

continua após a publicidade

Em assembléia, ontem pela manhã, mais uma vez a categoria recusou a proposta da Prefeitura de reajuste de 4,53%, pago em duas vezes. O motivo seria que "não aceitam mais propostas enviadas pelo prefeito via ofício. Queremos que ele sente conosco para negociar". Ainda de acordo com Sismmar, o reajuste exigido é de 16,64%, e a proposta da Prefeitura já havia sido recusada, sendo um dos principais motivos do início da greve.