Paralisação comprometida

Justiça determina efetivo mínimo de 80% para trabalhadores dos Correios em greve

Foto: Arquivo.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) deferiu, nessa quinta-feira (27), liminar em favor dos Correios, determinando que os sindicatos que representam os trabalhadores mantenham efetivo mínimo de 80% em cada uma das unidades localizadas nas bases de atuação. A decisão da ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi também prevê multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento pelos sindicatos.

Levantamento realizado nesta sexta-feira (28) mostra que 79,81% do efetivo dos Correios não aderiram à paralisação — percentual apurado por meio de sistema eletrônico de presença. Nesses locais, o movimento está concentrado, em sua maioria, na área de distribuição. Por essa razão, os serviços de distribuição podem ficar comprometidos e podem ocorrer atrasos nas entregas. No Paraná, 84,54% do efetivo cumpre jornada normal de trabalho.

Algumas agências no País estão fechadas ou com funcionamento reduzido. No entanto, não há como garantir se os trabalhadores dessas unidades aderiram à paralisação ou se não conseguiram chegar aos seus locais de trabalho em decorrência da greve geral que está sendo realizada contra as reformas da Previdência e Trabalhista.

Para minimizar os impactos à população, os Correios já iniciaram o Plano de Continuidade de Negócios, que inclui ações como deslocamento de empregados entre as unidades, apoio de pessoal administrativo e realização de horas extras. Neste fim de semana, inclusive no feriado de 1º de maio, a empresa também irá promover mutirões para entrega de objetos postais. Nas agências que estão abertas (96%), todos os serviços estão sendo prestados, inclusive o SEDEX e os do Banco Postal. Apenas os serviços com hora marcada (SEDEX 10, SEDEX 12 e SEDEX Hoje) continuam suspensos.