Justiça arresta os bens da indústria Cal Forte

Todos os bens que estavam na SJB Indústria de Cal e Calcário, a Cal Forte, em Almirante Tamandaré, foram arrestados ontem por um oficial de Justiça, e serão encaminhados para o depósito da Vara do Trabalho de Colombo. Durante a ação, grupos de funcionários que permaneceram desde a última semana em frente ao local para evitar a retirada dos bens, acompanharam a ação. Foram levados computadores, equipamentos para escritório, caminhões, carros e móveis.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cimento, Argamassa, Cal e Gesso do Paraná, o valor total dos bens será levantado e, de acordo com a decisão do juiz da Vara, um leilão com todo o material deverá ser realizado. Todo o dinheiro arrecadado será usado para acertar as contas com os funcionários. “Aguardamos a decisão do juiz, e é mais do que justo eles receberem o que lhes é de direito”, destacou o presidente do sindicato, Manoel Vaz de Oliveira. Cerca de 400 trabalhadores estão desde o dia 21 sem cumprir suas funções.

Eles encontraram as portas da Cal Forte, e das outras seis unidades (Cal Coagro, Isocal, Coincal, Gulin Cal, Cal Barigui e Cal Santa Maria) fechadas ao chegarem para trabalhar. Na semana passada o sindicato acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT), para pedir o arresto dos bens e garantir os direitos trabalhistas. Os trabalhadores estavam com dois meses de salários atrasados, sem o depósito do FGTS desde janeiro, além de terem recebido pagamento com cheques sem fundo.

Recuo

O presidente do sindicato informou que a empresa recuou na decisão de assinar todos os termos de rescisão de contrato, para garantir o fundo de garantia e o seguro-desemprego. “Na reunião em Curitiba, os proprietários da empresa afirmaram que cuidariam de todos os casos, mas voltaram atrás. Vamos novamente acionar o MPT para que todas as providências sejam tomadas”, promete.

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