Juíza determina bloqueio dos créditos da EBV

A juíza do trabalho Flávia Grilo determinou na tarde de quinta-feira o bloqueio e indisponibilidade dos créditos que a empresa EBV Limpeza, Conservação e Serviços Especializados tem direito a receber da Prefeitura, do Instituto de Saúde do Paraná e de mais outros três órgãos. A EBV presta serviços terceirizados de limpeza e conservação, mas não vem pagando em dia seus funcionários. Apenas 35% do salário dos trabalhadores foi depositado até agora, referente ao mês de fevereiro. Na última quarta-feira, a categoria resolveu garantir seus direitos na Justiça.

Só para a Prefeitura de Curitiba 370 trabalhadores prestam serviços. Outros 100 trabalham para instituto em Curitiba e outros mil no interior. Ainda há funcionários que trabalham para a Auto Viação Catarinense Ltda, Ambev Companhia de Bebidas América e Detran-PR.

O presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba, Manassés Oliveira, explica que os salários e os valores do vale-transporte e vale-alimentação estão sendo pagos com dias de atraso desde o mês de outubro. Neste mês, o dinheiro deveria ter sido depositado até o quinto dia útil, mas até agora os trabalhadores receberam apenas 35% dos seus salários e ainda esperam o vale-alimentação.

Na última terça-feira, a categoria resolveu cruzar os braços e parte dos trabalhadores foi para a frente da empresa fazer uma manifestação. Após o protesto, uma comissão de trabalhadores foi recebida e a empresa se comprometeu a pagar 100% dos salários dos 380 funcionários da Prefeitura até a noite. O acordo feito com a EBV também previa o pagamento de 65% do salário dos demais trabalhadores, pois a empresa já havia depositado 35%.

No entanto, a EBV não cumpriu o acordo e na quarta-feira o sindicato acionou a Justiça. Os trabalhadores também resolveram acabar com a greve porque, se todos voltassem ao trabalho, a EBV receberia integralmente os créditos dos tomadores do serviço e, desta forma, sobraria mais dinheiro para ser repassado aos trabalhadores. A reportagem de O Estado procurou representantes da empresa, mas não obteve retorno. 

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