Judeus comemoram o Pessach

Começou ontem ao pôr do sol, o “Pessach” – celebração do povo judeu que comemora a sua libertação da escravidão no Egito. Segundo o rabino da Comunidade Israelita do Paraná, Sami Goldstein, o Pessach também era comemorado pelos católicos. Mas no ano 325, no Concílio Eclesiástico de Nicéia, a festa começou a ter outro sentido. Passou a celebrar a ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa dos cristãos vai ser comemorada no próximo domingo. Hoje a comunidade judaica se reúne num jantar de confraternização.

O rabino conta que há 3.300 anos os judeus foram escravizados pelo Egito e assim permaneceram por dois séculos. Deus enviou Moisés para libertá-los, mas o faraó se recusava a deixar o povo partir. Então o Egito foi assolado por dez pragas. Entre elas a invasão de rãs, gafanhotos, sarna, peste, a água que virou sangue e, por último, a morte de todos os primogênitos. Só foram poupados os filhos dos judeus. O anjo da morte pulou as casas marcadas com sangue do cordeiro. O rabino explica que depois da escravidão o povo judeu vagou durante 40 anos pelo deserto, preparando o espírito para encontrar a terra prometida, Israel.

A celebração do Pessach é comemorada com dois jantares festivos, que são chamados de seder. É uma alusão à última ceia de Jesus Cristo com seu 12 apóstolos. Durante a celebração, eles lembram a saída do Egito através de cânticos, orações, leituras da bíblia e de pratos típicos. Entre eles o pão ázimo (sem fermento). Na fuga, o povo judaico não teve tempo para esperar a massa do pão fermentar. Além disso, nesse período os judeus limpam toda a casa de qualquer tipo de cereal que tenha fermento. Foi também esse pão que originou a hóstia do cristianismo. Já as raízes amargas fazem uma alusão aos tempos difíceis de escravidão. A comemoração termina só no dia 13 ao anoitecer.

Voltar ao topo