Brincadeira fatal

Jovem improvisa boias para nadar na represa do Passaúna e morre afogado

Com o calor de 33º que fez na manhã desta quinta-feira (24), um rapaz de 18 anos morreu afogado ao entrar na represa do Passaúna, em Araucária. O jovem estava com um grupo de amigos e não sabia nadar. Ele foi puxado para o fundo da represa, que tem mais de oito metros.

Além de não saber nadar, nenhum dos rapazes poderia estar no local onde o acidente aconteceu. Isso porque é proibido nadar na represa, justamente por causa do risco de afogamento.

Segundo o Corpo de Bombeiros, era por volta das 10h, quando o rapaz entrou na água. Por não saber nadar, ele improvisou boias com garrafas pet e as amarrou ao corpo, como se fosse um colete salva-vidas.

O rapaz entrou na água e foi caminhando, mas o ele não sabia, é que em determinado momento o chão se acaba diante dos pés de quem está na represa. Ele acabou sendo puxado, as boias improvisadas saíram do corpo e ele morreu afogado.

Para encontrar o corpo do rapaz na represa foi um trabalho intenso do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost) do Corpo de Bombeiros. Os socorristas ficaram mais de três horas na represa, até que o corpo foi localizado e retirado da água.

Alerta continua

Socorristas do Corpo de Bombeiros e também os vigilantes da empresa de segurança contratada pela Sanepar, responsável pela represa do Passaúna, já não sabem mais o que fazer para alertar às pessoas. Isso porque por mais que todos expliquem e alertem sobre os riscos de entrar no local, ninguém obedece.

“Já teve final de semana, que perdemos as contas de quantas pessoas estavam por aqui. Tinha mais de 300 pessoas, com famílias e até bebês pequenos”, contou um dos vigilantes.

De acordo com os vigias, sempre que vão tentar alertar alguém sobre o risco, eles são xingados e até acabam sendo golpeados com pedras arremessadas por estilingues.

Os primeiros dias de primavera já trouxeram muito calor, temperaturas que tendem a se manter com a chegada do verão. O calor faz com que as pessoas se rendam a tentação de entrar na represa e também em cavas, mas o Corpo de Bombeiros reforça que, além de proibido, é um risco eminente.

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