Inventor apresenta turbina ecológica

O inventor Isac Gonçalves Ribeiro testou ontem no canal de saída da barragem da Usina Parigot de Souza, em Antonina, uma turbina que produz energia elétrica aproveitando a correnteza dos rios. Isac, que é técnico em contabilidade mas tem anos de experiência na área metalmecânica, explica que o invento é ecológico porque não altera o ambiente com a construção de barragens ou modificando o curso de rios. Ele afirma que engenheiros e até um físico nuclear dão despaldo ao projeto. Técnicos da Copel foram convidados para assistir ao evento. Eles afirmam que ainda é muito cedo para avaliar se o invento é viável.

A turbina inventada por Isac é parecida com uma roda d?água. Ela fica fixa no rio com a ajuda de cabos de aço e de bóias. A correnteza faz a roda girar, produzindo energia mecânica. Essa engrenagem vai estar ligada a uma outra roda chamada de polia-volante, que vai atingir uma velocidade maior. Esta última é que vai ser ligada a um gerador, transformando a energia mecânica em elétrica. Ontem Isac estava com dificuldade para colocar a turbina no ponto certo do rio, para que o movimento da roda fosse contínuo.

Por enquanto, só a turbina está pronta, as demais peças vão levar 60 dias para ser produzidas. Depois de todos os equipamentos instalados, o material vai ser conhecido como uma miniusina hidráulica flutuante. Isac explica que o protótipo apresentado tem o tamanho médio e a capacidade de para abastecer vinte casas. Esse modelo de turbina é de médio porte e pode operar em rios e córregos com um metro de profundidade, desde que tenham certa correnteza. De acordo com Isac, o custo final desta miniusina seria R$ 25 mil. Mas é possível construir outras menores com custos mais baixos. Um modelo pequeno pode operar em rios com até meiometro de profundidade e têm um custo de R$ 7 mil, para abastecer uma residência. Mas em um mesmo rio podem ser construídas várias miniusina, atendendo mais casas. Isac diz que em pouco tempo o investimento é compensado pela economia que se obtém com o pagamento da energia elétrica.

O gerente da unidade de produção de energia da Copel em Curitiba, Josué Francisco Kalinowski, afirma que e Companhia Paranaense de Energia (Copel) não está participando da demonstração, mas está de portas abertas para ajudar a desenvolver experimentos. “É cedo para saber se o invento vai ser viável. É preciso avaliar a relação custo/benefício”, diz Francisco. Isac afirma que já tem reunião marcada com a comissão de energia alternativa da empresa, onde também vai mostrar seu invento para aproveitar a força do vento na geração de energia.

O inventor ainda não realizou estudo para saber se a miniusina altera de alguma forma o ecossistema onde é inserido. Técnicos do Instituto Ambiental do Paraná estiveram no local, mas não deram declarações a respeito.

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