Invasão de parque dá prejuízo de R$ 700 mil

A recuperação da área invadida no Parque Nacional do Iguaçu deverá custar, no mínimo, R$ 700 mil. A avaliação é dos técnicos do Ibama que estiveram na terça-feira na antiga Estrada do Colono. O trecho foi invadido e depredado há cerca de duas semanas.

O Ibama vai plantar cerca de 100 mil árvores jovens nos 14 km da estrada aberta por retroescavadeiras para recuperação ambiental da área. Antes, será necessário descompactar o solo, retirar britas e as manilhas colocadas onde os rios cortam a estrada. Estima-se em três meses o tempo para ser feito o reflorestamento total da área.

Os biólogos do Ibama constataram o baixo registro de fauna existente no local pelas poucas pegadas de animais. Antes da invasão, segundo os biólogos, se encontravam em abundância rastros de anta, animal considerado indicador das boas condições biológicas da floresta.

A outra equipe, do setor financeiro da instituição, avaliou os danos materiais. Eles constataram o roubo da cerca de proteção e da antena parabólica, a destruição da guarita de vigilância, de duas casas e da torre de transmissão e dos aparelhos de ar-condicionado e equipamentos de comunicação.

Numa análise preliminar, os custos de recuperação da área estão estimados em R$ 700 mil. Esse valor pode duplicar devido aos custos de manutenção da área.

Congresso

A Câmara dos Deputados aprovou, ontem, em Brasília, o requerimento apresentado pelos deputados federais Assis Miguel do Couto (PT-PR) e Irineu Colombo (PT-PR), pedindo que seja formada uma comissão externa da Casa para avaliar a situação de conflito no entorno do Parque Nacional do Iguaçu, entre a população local e o Ibama.

Na prática, o requerimento sugere que se organize uma visita dos deputados aos municípios que ficam dos dois lados da Estrada do Colono para conversar diretamente com a população do entorno do parque, no Oeste e Sudoeste do Paraná, com líderes das entidades representativas da comunidade e com os gestores públicos locais. “A comissão pretende mediar o diálogo entre população e o Ibama e buscar uma agenda de entendimentos para a superação do conflito”, comenta o deputado Assis.

Na semana passada, o cumprimento de uma ordem judicial para apreensão e destruição de uma balsa que estava no centro da cidade de Capanema, a 25 km da Estrada do Colono, motivou um confronto entre policiais federais e a população da região.

No requerimento, Assis propõe estender o convite a representantes do Ministério do Meio Ambiente e da Casa Civil para integrarem a comissão. No Senado, Flávio Arns (PT-PR) articula a formação de uma comissão semelhante para, juntamente com a da Câmara, visitar a região de conflito. Embora ainda não haja uma data definida, são grandes as chances de essa viagem acontecer já na semana que vem.

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