Internet gratuita para comunidades carentes

Comunidades paranaenses sem acesso à internet e as cidades com baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) são o alvo de um programa da Companhia Paranaense de Informática (Celepar). Através do projeto Telecentro Paranavegar, o órgão estadual desenvolve desde o ano passado o acesso público e gratuito a computadores ligados à internet. A idéia é difundir o projeto nas comunidades carentes, monitorando e capacitando os cidadãos. Utilizando softwares livres, ou seja, formas de licenças livres de software mais baratas, o projeto já consegue atingir um grande número de paranaenses.

No Paraná, já funcionam dez telecentros. Para este ano, a Celepar pretende inaugurar mais 60 locais de acesso gratuito à internet. Em Curitiba, há dois telecentros instalados, um na Biblioteca Pública do Paraná e outro no Instituto Paranaense de Cegos (IPC). A Celepar informa que estão sendo realizadas obras em quinze cidades para as novas implantações.

Segundo a Celepar, os custos do projeto não são tão altos por causa de parcerias com empresas privadas e outras instituições. O telecentro é instalado em uma infra-estrutura doada pela Prefeitura da cidade ou pela própria comunidade. A Celepar fornece doze máquinas. Monitores acompanham todas as ações que são desenvolvidas no local.

O presidente da Celepar, Marcos Vinícius Mazoni, conta que os projetos em funcionamento estão se tornando verdadeiros centros de integração social.

“É a inclusão digital, evitando a exclusão social. A grande maioria das pessoas nem imaginava ter contato com informática. Nosso objetivo está sendo cumprido, fazendo com que as comunidades carentes tenham acesso às novas tecnologias”, diz Mazoni.

Localidades

Na Ilha do Mel, no litoral do Paraná, funcionam dois telecentros. Em um deles, além do acesso à internet, foi criada uma sala de aula para os pescadores da região, que ainda não sabem ler e escrever. Em Ventania, no Norte do Estado, foi criado um centro de informações sobre tecnologia. Três assentamentos de terra também fazem parte do programa. Dois telecentros funcionam na região de São Miguel do Iguaçu e outro no assentamento da Fazenda Araupel, em Quedas do Iguaçu, no Oeste do Estado.

“É uma questão social. Quem não tinha oportunidade, agora pode se aprofundar no conhecimento sobre informática e internet. Além disso, descobre que pode se desenvolver com o aprendizado”, ressalta Mazoni. Também há telecentros em funcionamento em algumas comunidades indígenas do Estado.

Serviço – As cidades interessadas em participar do projeto podem obter mais informações no endereço: www.softwarelivreparana.org.br ou pelo telefone (41)350-5000.

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