O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, garantiu ontem ao governador Roberto Requião (PMDB) que o instituto tem recursos suficientes para aquisição das principais áreas disponíveis no Estado. Entretanto, não afirmou qual é o montante para isso.

Hackbart teve uma passagem relâmpago por Curitiba. Em menos de dez horas, almoçou com o governador, reuniu-se com os funcionários da superintendência do Incra no Estado e conversou com a imprensa. Do almoço, a certeza de que o Paraná é parceiro do Incra na construção do processo de reforma agrária. “Viemos pedir apoio do governador no projeto dos assentamentos. Hoje, o Estado já nos ajuda muito na questão de infra-estrutura e assistência técnica”, afirmou. O presidente do Incra lembrou que o governo federal liberou recentemente R$ 2 milhões para assistência técnica nos assentamentos. Ele afirmou que está disposto a negociar com todos os proprietários de terra do Estado para adquirir áreas para a reforma agrária. “Estamos dialogando com todos os movimentos sociais também”, disse.

Hackbart espera que a meta de assentar 3 mil famílias no Paraná este ano seja cumprida e até superada. “No Brasil a meta é assentar 115 mil famílias. Até ontem tínhamos assentado 32 mil”, afirmou confiante, destacando que o Incra sempre assenta mais famílias no segundo semestre e que essas famílias foram assentadas mesmo com duas greves de funcionários.

Quanto à estrutura do Incra, Hackbart contou que na próxima semana estará nomeando 377 novos funcionários. Desse total, nove virão para o Paraná.

Reunião

Pela manhã, o superintendente estadual do Incra, Celso Lisboa de Lacerda, e membros da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) apresentaram ao ouvidor agrário nacional, Gersino José da Silva, a situação de conflitos no Estado. Lacerda destacou que das seis áreas ocupadas recentemente, três estão em negociação com o Incra. Porém, apesar de haver interesse na compra das fazendas Campo Real, em Candói, e do Complexo Cajati, em Cascavel, o Incra está negociando com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a retirada das famílias das áreas.

A Sesp informou ontem que o delegado Nabor Sotto Maior, da delegacia de Paranavaí, é o novo responsável pela investigação do assassinato de um sem terra na Fazenda Santa Filomena, em Planaltina do Paraná. A investigação estava sendo conduzida pela Polícia Civil de Terra Rica.

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