Inaugurada duplicação do Contorno Sul

O governador Jaime Lerner e o ministro dos Transportes, João Henrique de Almeida Sousa, inauguraram ontem a duplicação do Contorno Sul de Curitiba. Com 15 quilômetros de extensão, o trecho é parte da BR-376 e faz ligação entre a BR-277 (para o tráfego proveniente de Campo Largo) e as BRs 116 e 476. A obra, começada em 1996, teve custo de R$ 24,6 milhões. Junto com os contornos Norte e Leste, o Contorno Sul compõe o Anel Rodoviário de Curitiba. Além disso, integra-se ao chamado Corredor Mercosul, projeto do programa Avança Brasil.

O Contorno Sul ajuda a retirar o tráfego pesado da área urbana de Curitiba, proporcionando mais segurança aos moradores dos bairros próximos à BR-376 e também aos veículos que passam pela região. Segundo a unidade do Paraná do Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (DNIT), trafegam por este trecho cerca de 20 mil veículos por dia. O Contorno Sul é formado por quatro faixas, com 7,2 metros de largura, separadas por um canteiro central, de dez metros. Os acostamentos possuem três metros. “A obra atende ao processo de desenvolvimento e a demanda da capital e sua Região Metropolitana”, afirmou o diretor do DNIT do Paraná, João Alberto Sautchuk.

Novas obras

O ministro João Henrique garantiu que em noventa dias, no máximo, voltará ao Paraná para inaugurar o Contorno Leste, trecho de 45 quilômetros, que também está sendo construído pelo Ministério dos Transportes. O trecho foi dividido em quatro lotes, dois dos quais já estão prontos. Um de 6 quilômetros, que vai da BR-277 no Campo Comprido até Santa Felicidade, e outro com 7 quilômetros, entre Almirante Tamandaré e Colombo. O governo estadual está construindo o lote três, com 9 quilômetros de extensão, entre Santa Felicidade e Almirante Tamandaré. As obras já estão praticamente prontas, devendo ser inauguradas em setembro. Com investimentos de R$ 145 milhões, o Contorno Leste é a continuidade da BR-116. Somados aos 15 quilômetros do Contorno Sul, o novo eixo (de 60 quilômetros) vai captar o tráfego diário, formado por cerca de 60 mil veículos, oriundos dos cinco troncos rodoviários federais para a capital paranaense.

Segundo João Henrique, nos próximos sessenta dias, também estará sendo licitado o convênio do contorno ferroviário de Curitiba, assinado há uma semana com as prefeituras da Região Metropolitana e governo do Estado. “Depois dos veículos pesados, vamos retirar também os trens do centro de Curitiba. As obras de construção do contorno ferroviário devem ter início ainda este ano. Serão investidos cerca de R$ 80 milhões”, revelou.

O ministro anunciou também que em 60 dias deverão ser retomadas as obras na Estrada Boiadeira, no trecho entre Campo Mourão e Cruzeiro do Oeste. A rodovia, uma das obras mais reivindicadas pelo Paraná, faz parte do novo corredor rodoviário criado com o complexo de pontes de Porto Camargo, sobre o Rio Paraná na divisa com o Mato Grosso do Sul. “Além disso, estrada terá continuidade com um novo trecho, de Cruzeiro do Oeste até o complexo de pontes de Porto Camargo”, garantiu. “A restauração de rodovias federais no Paraná deverá, a partir deste ano, ter um grande desenvolvimento, uma vez que já foram encerradas as licitações dos cinco primeiros trechos do Programa de Restauração”, disse. Um desses trechos é o da BR-163, entre Marechal Cândido Rondon e Guaíra, no Sudoeste do Estado. As obras já foram contratadas diretamente pela União e seu início está marcado para o próximo mês de agosto.

No que diz respeito à Estrada da Ribeira, cuja obra está com quarenta quilômetros de pavimentação concluída, o ministro diz que ainda falta um investimento de R$ 23 milhões para que ela possa ser inaugurada. “Faltam 54 quilômetros para que a estrada atinja a divisa com o Estado de São Paulo”.

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