Imunização contra gripe A causa discórdia

A vacina contra a gripe A (H1N1) ainda está causando dúvidas e informações desencontradas. Ontem, funcionários -que preferiram não se identificar – do Hospital Cajuru, em Curitiba, reclamaram à reportagem de O Estado que nem todos os profissionais do local estão recebendo a vacina.

No entanto, a própria Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informa, desde o início da vacinação, que somente os profissionais da linha de frente, ou seja, aqueles que terão contato direto com os doentes, devem receber a vacina até amanhã. Isso porque não há doses suficientes para todos.

Questionado, o Hospital Cajuru informou, por meio da assessoria de imprensa, que solicitou à Sesa 2,1 mil doses que seriam para todos os funcionários do local, mas recebeu apenas mil doses.

Dessa forma, respondeu a assessoria, o hospital adotou os critérios recomendados pelo Ministério da Saúde para otimizar as doses: apenas os funcionários que têm o maior risco de exposição é que serão vacinados – como por exemplo, quem trabalha no Pronto-Socorro, nas Unidades de Terapia Intensiva, nos setores de internamento e, ainda, as mulheres grávidas.

A Sesa, por sua vez, informou que recebeu a quantidade de vacinas de acordo com a estatística que cada município enviou. Reiterou a Sesa que os critérios de vacinação são estipulados pelo Ministério da Saúde, já que não há doses para todos.

Cabe às secretarias municipais de saúde fazerem a distribuição. A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba informou que distribuiu para as unidades de saúde e hospitais a quantidade de vacinas informada pelas próprias instituições.

Portanto, prossegue a assessoria, esperava-se que as instituições de saúde enviassem às secretarias a quantidade de profissionais da linha de frente, ou seja, o número correto de acordo com o critério do Ministério da Saúde. Indagado mais uma vez, o Hospital Cajuru manteve a posição de que solicitou doses para todos os funcionários, e recebeu apenas metade.

A vacinação contra a gripe A (H1N1) foi dividida em etapas e por faixas etárias. Até amanhã, devem ser imunizados os profissionais de saúde de todo o Estado (de acordo com os critérios do Ministério da Saúde).

A partir da próxima segunda-feira até o dia 21 de maio, será a vez das gestantes. De 5 a 23 de abril, serão vacinados os jovens na faixa etária dos 20 aos 29 anos.

Os idosos serão imunizados dos dias 24 de abril a 7 de maio e, por fim, a faixa dos 30 aos 39 anos, de 10 a 21 de maio. Não há vacinas para todos. No Paraná, a Sesa espera imunizar 5 milhões de pessoas, apenas metade da população do Estado. Somente em Curitiba, cerca de 40 mil profissionais de saúde devem ser vacinados até amanhã.

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