Impasse causado por demissões nos Correios continua

Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) de Curitiba e Região Metropolitana vão promover no próximo sábado, dia 10, um protesto contra as demissões ocorridas nos últimos dois meses. A manifestação acontece às 8h, com saída da Praça Santos Andrade e protesto na Boca Maldita. Os serviços prestados pelos trabalhadores ficarão paralisados durante o dia.

Na semana passada, nove trabalhadores, dos cerca de 60 que tinham sido demitidos, foram reintegrados pela empresa, após duas rodadas de negociação na Delegacia Regional do Trabalho (DRT). Do total de demissões, 14 foram deliberadas, e as demais ainda aguardam pela reintegração.

O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom/PR) decidiu pelo protesto na semana passada, durante uma assembléia geral. Além da passeata, a categoria vai lançar nos próximos dias dois abaixo-assinados para denunciar publicamente as demissões que ocorreram desde maio, pedindo também o afastamento de dois diretores da empresa.

O último documento, que circulará entre os cerca de 5,4 mil trabalhadores de todo o Estado, exige do governo federal o afastamento imediato do diretor regional da empresa, Abrão Fade Neto, e do diretor administrativo, Ariovaldo Figueiredo. “Se nada for feito pela empresa, vamos prosseguir com os protestos. Queremos a reintegração de todos os trabalhadores”, diz o diretor de finanças do Sintcom/PR, Sebastião Cruz. Ele disse ainda que trabalhadores de Paranaguá e de Ponta Grossa poderão participar da manifestação no sábado. “As demissões revistas foram em pequeno número. Caso não haja um acordo sobre as demais demissões, vamos recorrer à Justiça”, adiantou. Segundo o sindicato, a maioria dos trabalhadores demitidos estava com problemas de saúde, comprovados por documentação médica. Alguns inclusive haviam sido vítimas de acidentes de trabalho nos últimos meses.

Correios

A assessoria dos Correios afirmou que ainda não recebeu nenhum aviso de paralisação do Sintcom/PR. Além disso, a empresa informou que, mesmo em estado de greve, nenhum dos serviços foi afetado. Sobre as demissões, a empresa afirmou que se trata de um procedimento de rotatividade.

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