Drama sem fim

Idosa aguarda cirurgia desde o dia 30 de janeiro

A Família Mikos sofre um verdadeiro drama desde o último dia 30 de janeiro, quando a matriarca, Maria Helena Padilha Mikos, de 82 anos, sofreu uma queda dentro de casa e acabou fraturando a bacia. A partir desse dia, sua filha, Maria Cristina, e os demais familiares vivem uma situação angustiante.

Na mesma noite da queda, dona Maria Helena foi levada ao Hospital Militar, em Curitiba, mas foi recusada. Com isso, a idosa acabou sendo conduzida ao Hospital do Trabalhador. O que era pra ser o início do tratamento e da recuperação acabou se tornando num pesadelo que a família não vê a hora de acabar. De acordo com Maria Cristina, sua mãe ficou cinco dias internada no pronto-socorro. “Ficamos lá aguardando ela ser examinada com detalhes, mas nada aconteceu. Tivemos que esperar com ela deitada em uma maca sem quase nenhuma atenção por parte dos médicos?”

Apenas depois do quinto dia no pronto-socorro é que dona Maria Helena foi transferida para um quarto. Quando tudo estava se encaminhando para que o problema fosse solucionado, a família se deparou com mais um longo período de espera.

Desde que chegou ao quarto, dona Maria Helena é preparada diariamente para cirurgia, porém até agora a operação não aconteceu. “Minha mãe tem diabetes e cada vez que ela é preparada para cirurgia, ela fica em jejum e sofre com isso”, afirma Maria Cristina. Além disso, segundo a filha, a idosa tem sofrido com as dores na região da fratura. “Ela passa o dia com muita dor, gemendo, chorando e até mesmo gritando. A gente não sabe mais o que fazer, pois sempre que pedimos ajuda, vem um médico que a examina, sai e depois não temos mais nenhuma resposta”, desabafa.

UTI lotada

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), responsável pela administração do Hospital do Trabalhador, afirma que dona Maria Helena ainda não foi operada porque ela precisa estar clinicamente estável para um procedimento cirúrgico e, devido à diabete da paciente, existe uma dificuldade para que haja estabilidade clínica. A Sesa ainda diz que também é necessário um leito de UTI livre, já que diante do quadro de dona Maria Helena, é preciso que o pós-operatório seja realizado numa unidade de tratamento intensivo.

De acordo com a Sesa, a vaga na UTI ainda não foi garantida à dona Maria Helena porque existe uma escala de risco dos paciente que é seguida pelos médicos do hospital. “Nós entendemos os argumentos do hospital, mas não conseguimos entender toda essa demora para que uma pessoa seja operada. São mais de dez dias e isso é muito tempo”, diz Maria Cristina.

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