IAP embarga terreno em Almirante Tamandaré

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) embargou ontem um terreno localizado na Rua Afonso Matuzceriski, no loteamento Marinoni, em Almirante Tamandaré, de onde foram cortadas 59 araucárias. O dono do terreno – que dividiu a área em 13 lotes para construção civil – tinha uma autorização simplificada do IAP, emitida no último dia 16, para corte de araucárias plantadas.

No entanto, a equipe técnica do Instituto, que esteve no local na tarde de ontem, não conseguiu precisar se as árvores cortadas foram plantadas ou eram de regeneração natural do terreno. Na segunda-feira, um engenheiro do IAP vai até o local para tirar a dúvida e ver se as árvores foram plantadas ou não. Caso seja verificado que houve corte de árvores regeneradas, o dono do terreno será multado.

Moradores e comerciantes da região estavam revoltados. ?É um crime. Os órgãos ambientais não deveriam permitir esse tipo de coisa?, disse o representante comercial Paulo Roberto Rodrigues, que trabalha em rua próxima à do terreno. ?A araucária é uma árvore símbolo do Paraná, que está em extinção e não pode ser derrubada.?

A dona de casa Márcia Warken, que mora no Marinoni, observava boquiaberta as árvores sendo derrubadas. ?Foram necessários muitos anos para que as árvores crescessem e começassem a dar pinhas. Agora, em poucos minutos, vai tudo para o chão?, afirmou.

Diante das críticas dos moradores, o proprietário do terreno, Luiz Carlos Xavier Beira, mantinha em mãos um documento que comprovava que a derrubada das árvores havia sido autorizada. ?Não está acontecendo nada de errado, pois tenho autorização do IAP para tirar cada uma das árvores que estão sendo derrubadas. Elas não são nativas, foram plantadas em 1945?, explicava.

Beira também informou que a retirada de algumas árvores foi autorizada devido a pedidos feitos por alguns dos próprios moradores vizinhos ao terreno. ?Algumas árvores estão em áreas de barrancos e alguns moradores alegaram que elas representavam uma ameaça às suas residências. Disseram que havia muita queda de galhos e que, a qualquer dia, as araucárias poderiam cair com tudo em cima de suas casas.?

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