Desde a última terça-feira, o Hospital Universitário (HU) de Londrina está atendendo apenas casos de emergência. A situação começou a se estabilizar apenas ontem à tarde.
Mesmo assim, o HU ainda estava superlotado, com pelo menos 22 pacientes a mais do que a capacidade normal, que é de 26 leitos. A situação obrigou os funcionários a improvisar o atendimento em outros locais, como corredores e consultórios médicos, e até a reter as macas das ambulâncias por falta de lugar para acomodar os pacientes.
De acordo com a chefe de enfermagem do pronto-socorro do hospital, Vivian Feijó, um pico de casos mais graves causou a superlotação. “Alguns pacientes tiveram que ficar mais tempo internados”, explica.
Assim, o HU, que já trabalhava no limite, acabou sem poder atender adequadamente os novos pacientes. “Estamos pedindo à população para que utilize nossa emergência só em casos de risco de vida mesmo”, informa.
Para amenizar o problema, Feijó diz que o hospital está reencaminhando alguns pacientes a outros locais, como unidades de saúde. A situação começou a se normalizar, segundo ela, depois que alguns pacientes internados puderam ser transferidos, enquanto outros receberam alta. Mesmo assim, apenas casos encaminhados pelo Samu e Siate estão sendo aceitos.
A chefe de enfermagem afirma que a reforma pela qual o HU vem passando há mais de um ano reduziu o espaço físico do local e ocasionou diminuição do número de leitos, que era de aproximadamente 50 antes das obras. “Esperamos que em dezembro eles entreguem a finalização estrutural”, diz.
A reforma do Hospital Universitário está na lista das obras atrasadas divulgadas por O Estado na edição do último dia 2. A obra consta no site da Secretaria de Estado de Obras Públicas como iniciada no dia 4 de dezembro de 2006, com prazo de execução de 450 dias.
O valor do contrato é de cerca de R$ 3,2 milhões. O último relatório da Seop, de 30 de setembro, dizia que a obra estava com 85,81% dos serviços executados, em fase de acabamentos finais e de instalação elétrica, de pisos internos e do forro.