Os hospitais filantrópicos de Londrina devem reabrir suas portas a partir das 7h de hoje. Depois de seis dias sem estabelecer escalas de atendimentos de urgência e emergência pelo Sistema Único de Saúde (SUS), os médicos que fazem plantões a distância decidiram, em assembleia realizada ontem, retomar os atendimentos.

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Os plantonistas excluíram seus nomes das escalas de plantão alegando falta de pagamento dos incentivos, que deveria ser efetuado pela prefeitura. Com a paralisação dos atendimentos nos prontos-socorros, os hospitais Santa Casa, Evangélico, Instituto do Câncer e Ortopédico fecharam suas portas.

Somente o Hospital Ortopédico, que responde por 80% dos atendimentos de baixa e média complexidade do SUS em Londrina, deixou de atender cerca de 500 pacientes em cinco dias (no Ortopédico, a paralisação dos plantonistas começou no sábado).

De acordo com o diretor da Santa Casa de Londrina, Weber de Arruda Leite, os plantonistas decidiram pelo retorno porque a prefeitura, além de pagar a primeira parcela dos valores em atraso, aceitou a contraproposta dos médicos.

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Além disso, a prefeitura participou da formação de um conselho que irá redefinir os valores dos procedimentos e quais as especialidades que serão contratadas. “A prefeitura abriu um canal de negociação, o que antes não tínhamos”, afirma Leite.

De acordo com o secretário municipal da Saúde, Agajan Der Bedrossian, a demanda de pacientes do SUS não deixou de ser atendida durante a paralisação. Segundo ele, um projeto do Executivo, que deveria vigorar em 2010 e que previa a implantação de quatro unidades de referência 24 horas, foi usado de forma emergencial.

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