Foram quatro dias de agonia para os familiares de Luis Carlos Pereira da Cruz, 38 anos, que estava desaparecido desde quinta-feira e foi encontrado no final da manhã de hoje (04), pelos próprios familiares.

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Ele estava vivo, porém muito machucado de uma surra que levou e sem conseguir falar, dentro de uma valeta com cerca de seis metros de profundidade, ao final da Rua Otto Willi Michaelis, no Butiatuvinha, quase às margens do Contorno Norte.

Helen Regina Cordeiro dos Santos, cunhada de Luís, contou que ele era viciado em drogas. Às vezes sumia de casa mas, voltava já no dia seguinte. Nunca tinha ficado tanto tempo sumido. Desde então, a família o procurava pelas redondezas. “Até em hospitais e IML procuramos”, disse o filho Cleiton.

Hoje, revelou a cunhada, a família recebeu uma ligação dizendo que Luís estava morto, em algum lugar entre o bosque de uma chácara da rua e a rodovia. A família fez buscas, mas como a área indicada era muito grande, não encontrou.

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Mais tarde, a família recebeu uma nova ligação, em que a pessoa dizia “pra acabar o sofrimento da família, procure no bueiro”. Então os parentes e amigos foram até uma caixa de escoamento de água à beira da rodovia e seguiram o curso do escoamento, até que Cleiton encontrou o pai dentro da valeta.

Luís estava coberto por mato e entulhos e, como não conseguia falar, apenas gemia baixo, os familiares não enxergavam o homem quando olhavam de cima.
Os machucados que a vítima tinha no corpo, acredita a família, não foram da queda no buraco.

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Alguém deve ter dado uma surra muito grande em Luís e o jogado lá. Não se descarta a hipótese de que ele tenha ficado esses quatro dias no local, esperando por ajuda.

Não se sabe o motivo da surra, nem quem o agrediu. O Corpo de Bombeiros ajudou a tirá-lo da valeta. O Siate levou Luís em estado muito grave ao Hospital Cajuru.