Hip hop trabalha com a realidade das periferias

O hip hop é um movimento de jovens oriundos da periferia, que representam esta realidade, promovendo a dança break, o grafite nos muros, os DJs (disk-jockeys, operadores de som) e o rap (estilo de música falada). O movimento existe no mundo todo. Começou nos EUA em 1970 e chegou a Curitiba em l989.

A professora Marilene Garcia de Souza, professora da UFPR e que tem o hip hop como tema de dissertação de mestrado, explica que esses jovens discutem problemas políticos nas músicas. Em Curitiba, principalmente ironizam os parques e bosques. Ela considera que os jovens do movimento são bastante conscientes quanto aos seus direitos. Segundo a professora, são importantes para a sociedade porque combatem a violência e o racismo. São jovens entre 13 e 25 anos, em média, vindos de famílias empobrecidas da periferia e com baixa escolaridade, sem o primeiro grau completo e na maioria, negros.

Atuantes

Já o presidente da organização Uniação (Atitude e Reação), que milita no movimento hip hop, Jucimar Estevão Rosa, o Cipó, contou que o movimento atua em presídios, escolas, bairros e comunidades em Curitiba e Região Metropolitana. Nas escolas, de quinze em quinze dias, são promovidas palestras sobre drogas, violência etc. Ele afirma que procuram evitar que essas crianças andem pelo caminho errado. Na Colônia Penal Agrícola, uma vez por mês, a organização faz um trabalho social para os presos. Nos bairros, eles atuam por intermédio de associações de moradores. Em Almirante Tamandaré, uma feira é promovida com artistas locais. Cipó afirmou que a organização atua no hip hop há cinco anos.

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