Segundo a diretoria do hospital, na última semana de 2007, o HC recebeu R$ 11.936.474,42 em recursos que pagaram cerca de 70% da dívida acumulada e permitiram que fossem comprados os insumos necessários para a manutenção das atividades do hospital no mês de janeiro de 2008.
Ao final de 2007, o hospital acumulava uma dívida de R$ 20.891.985,41. Com os recursos recebidos, a dívida passou para cerca de R$ 6 milhões neste início de 2008. "Fizemos um esforço muito grande junto ao Ministério da Educação e da Saúde para receber recursos atrasados, além de recursos não previstos e que foram investidos no HC pelo entendimento de diversos setores sobre a importância do Hospital para a população paranaense", esclareceu o reitor Carlos Moreira Júnior durante a coletiva.
Em conversa com o Ministro da Educação, Fernando Haddad, no dia 26 de dezembro, o reitor conseguiu a liberação de R$ 2.308.134,00. "A Universidade liberou outros R$ 2.696.245,30 de recursos próprios para o Hospital." Segundo o reitor, esse recurso foi aplicado pela UFPR no HC devido à agilidade demonstrada pela administração do Hospital em já ter os empenhos prontos. "A Direção do Hospital demonstrou sua sintonia com a situação da unidade e – com os empenhos prontos, pudemos repassar esse recurso."
Investimento
Além dos recursos do MEC e da UFPR, os mais de R$ 11 milhões foram integralizados ainda pelos R$ 914.750,00 de Emenda de Bancada, R$ 4.796.000,00 de atrasados do SUS e R$ 1.221.343,18 da Lei 11.576/07 do MEC. "É importante lembrar que o HC é suprapartidário e que os parlamentares compreendem o trabalho realizado no hospital em prol do povo paranaense. Por isso, nosso muito obrigado a todos os parlamentares federais pela emenda de bancada", agradeceu o reitor.
Pedido
O reitor e o diretor geral do HC, Giovanni Loddo, falaram ainda sobre a importância do Ministério da Saúde investir cerca de R$ 1 milhão a mais por mês no Hospital. "Com esse recurso mensal a mais, o Hospital de Clínicas não terá problemas financeiros. Temos certeza que esse recurso, para o Ministério da Saúde, não representa um grande investimento, até pelo atendimento que o HC proporciona à população", enfatizou o reitor.
Para Loddo, o investimento de R$ 1 milhão/mês seria apenas o pagamento por serviços já prestados pelo HC ao sistema único de saúde e que não são pagos, além da correção da tabela. "A correção da tabela dos serviços seria fundamental para a continuidade dos serviços prestados?, comentou.
Nova campanha
O Hospital de Clínicas, dentro da sua política de melhorar a qualidade de seus serviços, atender melhor a população e manter um ambiente de trabalho saudável, também anunciou o início de uma nova campanha chamada "Bom Prontuário". A campanha é destinada o público interno do Hospital que lida com os prontuários médicos e que precisa compreender que o que é escrito no prontuário precisa ser compreendido não apenas por ele, mas principalmente por terceiros.