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Gruta na RMC chama a atenção dos turistas

A vinte quilômetros do centro de Curitiba, em Colombo, uma das mais belas atrações da região continua desconhecida por muitos habitantes locais, mas tem chamado cada vez mais a atenção dos turistas. A Gruta do Bacaetava, às margens da Rodovia da Uva (PR-417), é um destino surpreendente para quem gosta de explorar as maravilhas da região metropolitana.

Os Caçadores de Notícias foram até a gruta no sábado passado e conheceram de perto um local cheio de beleza, vida e história. Com o clima chuvoso, não havia outros visitantes. Mas o monitor ambiental Jair Luiz Camargo nos guiou em meio das estalactites e estalagmites, num passeio repleto de curiosidades.

“A gruta foi descoberta por imigrantes italianos, em torno de 100 a 150 anos atrás. O terreno pertencia ao produtor Antonio Gasparin, que construiu um restaurante bem na entrada da gruta”, conta Jair. “Na época da Segunda Guerra Mundial, ela serviu como esconderijo a muitos imigrantes. O Brasil declarou guerra à Itália e muitos jovens vinham para cá para fugir de perseguições e do recrutamento”.

Felipe Rosa
Jair: recebemos cerca de 2 mil visitantes por mês, de todas as partes do Brasil e do mundo.

Os passeios ao interior da gruta são feitos em grupo, com acompanhamento do monitor. Os visitantes recebem lanternas para poderem se guiar nos 170 metros de extensão da caverna, sem perder nenhum detalhe. Entre as rochas, algumas têm formas peculiares, como o rosto de Cristo, a águia, a caveira, o peixe…

Também é possível conhecer o responsável por escavar e esculpir toda a gruta, num trabalho de mais de 600 milhões de anos. O Rio Bacaetava corre pelo interior da caverna, ainda ativo em sua labuta em meio às rochas de calcário. Apesar de ter sido oficialmente descoberta pelos imigrantes italianos, o nome da gruta é de origem indígena. Em tupi-guarani, Bacaetava significa “casa de pedra furada”.

Pronta pra receber os turistas da Copa

Tudo isso, porém, quase foi destruído em apenas alguns anos de atividade humana na região. Antes de sua morte, Antonio Gasparin doou o terreno onde fica a gruta para a Igreja Matriz de Colombo, que a repassou para a Santa Casa de Misericórdia do município. Por mais de 50 anos, o local sofreu os efeitos da exploração de calcário na região, que abalava as estruturas da caverna, e da visitação desordenada.

A gruta ficou cheia de lixo e pichações. Rochas com milhares de anos eram quebradas e arrancadas. Situação que só mudou em 2000, quando o município de Colombo comprou a área e a transformou no Parque Municipal Gruta do Bacaetava. “Hoje, recebemos cerca de 2 mil visitantes por mês, de todas as partes do Brasil e do mundo. E estamos prontos para receber os turistas que virão para Copa do Mundo, já que a gruta estará nos roteiros”, diz Jair, que trabalha no parque desde sua fundação.

Serviço

Agendamento de visitas

Parque Natural Municipal Gruta do Bacaetava
Rua Antonio Gasparin s/nº – Colombo – PR
Fone: (41) 3656- 5669

Horário de visitação

Quarta a sexta:
8h30 às 11h30 e 13h às 16h30

Sábados, domingos e feriados: 8h30 às 16h30

Felipe Rosa
Cenário &,eacute; deslumbrante. Responsável por escavar e esculpir a gruta, rio corre no interior da caverna.

Assista no vídeo um breve passeio pela gruta.

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