Greve na Sanepar começa segunda-feira

A população paranaense pode sofrer com a falta de água a partir de segunda-feira. Os funcionários da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) decidiram, no início da noite de ontem, cruzar os braços na próxima semana. Os trabalhadores e a direção da empresa não conseguiram chegar a um acordo sobre o reajuste salarial da categoria.

A data-base para reajuste salarial da categoria é o mês de março. Na última terça-feira, a União dos Sindicatos dos Trabalhadores da Sanepar (USTS) e a empresa discutiram o reajuste na Delegacia Regional do Trabalho (DRT). No entanto, as negociações não evoluíram. Os funcionários pediam 20% de reposição salarial, correspondente a perdas acumuladas em 10 anos. Mas a Sanepar ofereceu a inflação do último ano: 3,12%.

Ontem houve dois encontros na sede administrativa da Sanepar: um pela manhã e outro à tarde. Mas em nenhum deles a empresa e os funcionários chegaram a um acordo. Os trabalhadores deixaram de pedir os 20%, mas queriam um aumento linear de R$ 224 para todos os trabalhadores. No entanto, a empresa apresentou outra proposta. Ofereceu reajuste de 10,89% para quem ganha até R$ 974, de 7% para os trabalhadores que recebem entre R$ 975 e R$ 1.259, e 3,12% para quem ganha acima disso.

A proposta foi rejeitada em uma assembléia realizada no fim da tarde. ?Os trabalhadores não concordaram, pois queriam o aumento linear?, afirmou o presidente da USTS, Gerti José Nunes. Segundo ele, a greve vai afetar todos os setores da empresa, desde o administrativo até os trabalhadores que fazem o tratamento de água e esgoto. A população pode sofrer com a falta de água a partir de segunda-feira, a menos que nos próximos dias a Sanepar procure o sindicato com outra proposta.

A reportagem de O Estado tentou entrar em contato com a Sanepar, mas não obteve resposta. Cerca de seis mil pessoas trabalham na empresa em todo o Estado.

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