Rumo ao dissídio

Greve de trabalhadores de hotéis pode ir para a Justiça

Sem avanço nas conversas, a greve realizada pelos empregados dos setores de hospedagem e gastronomia continua. Em mais uma rodada de negociações, o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Hoteleiro, Meios de Hospedagem e Gastronomia de Curitiba e Região (Sindehotéis) concordou em reduzir a pedida ao Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação (Seha). Assembleias serão convocadas para analisar a nova proposta. Se não chegarem a um acordo, os sindicatos podem decidir a questão na Justiça.

Em reunião realizada no Ministério Público e mediada por um procurador do Ministério do Trabalho, os dois sindicatos apresentaram as suas propostas. No início da próxima semana elas serão repassadas aos trabalhadores em assembleias. O presidente do Sindehotéis, Luís Alberto dos Santos, explica que a categoria modificou os pedidos para tentar finalizar a greve. “Foi reduzida a pedida salarial para R$ 915, mudando a data-base para maio com reajuste de 4% em maio para reposição do período de outubro até abril”.

Para o presidente do Seha, Marco Fatuch, existe a possibilidade de acordo, mas caso não aconteça, a questão será resolvida pela Justiça. “Estamos em um bom caminho até porque conseguimos sentar à mesa para negociar. Caso não saia o acordo, a ata da reunião de hoje (ontem) serve para qualquer um dos sindicatos pedir o dissídio. Aí o que for decidido, tem que ser acatado”.

Manifestação

Uma caminhada dos trabalhadores está marcada para as 12h de hoje. A concentração começa a partir de 11h30, na Boca Maldita, e deve percorrer até o final da Rua XV. Depois faz o percurso inverso, retornando para o local de saída. De acordo com Santos, a manifestação está sendo chamada de “Passeata da Mordaça” por causa do interdito proibitório obtido pela entidade patronal. “Será uma caminhada silenciosa porque não podemos usar apitos e carros de som. Vamos levar mordaças, bandeiras e faixas”, explica.