Greenpeace bloqueia entrada de navio no porto

Ativistas do Greenpeace bloquearam ontem de manhã a entrada do navio Global Wind, que carregava 30 mil toneladas de soja transgênica vindas da Argentina, no Porto de Paranaguá. A embarcação deveria receber mais 10 mil toneladas de soja convencional no Paraná. Um ativista se prendeu à corrente da âncora da embarcação, junto a uma faixa identificando a carga como transgênica.

Essa ação em Paranaguá faz parte da expedição “Brasil Melhor sem Transgênicos”, que a organização realiza a bordo do navio Artic Sunrise. O ato tem o objetivo de impedir que a soja exportada pelo porto paranaense seja contaminada pela geneticamente modificada. Segundo Gabriela Vuolo, da Campanha de Engenharia Genética Greenpeace, o Brasil tem uma enorme vantagem comercial em se manter como a principal fonte de soja não-transgênica. “As vantagens econômicas de ser o maior fornecedor de soja não-transgênica do mundo podem ser perdidas, caso não haja controle para evitar a contaminação”, explica.

Segundo os ativistas, o Porto de Paranaguá é o único do Brasil a adotar as medidas efetivas para controlar as cargas e manter as exportações de soja livres de contaminação. O Paraná, segundo maior produtor de soja no Brasil, proibiu no final do ano passado o cultivo, processamento, comercialização, transporte e exportação de soja geneticamente modificada em seu território e nos portos de Paranaguá e Antonina. O governo federal brasileiro publicou, no mesmo período do ano passado, a Medida Provisória 131 que liberou provisoriamente o plantio comercial de soja transgênica no Brasil. “O Greenpeace não vai permitir que transgênicos vindo de outras partes do Brasil e do mundo contaminem o único porto não-transgênico do País”, garantiu Gabriela.

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