Grã-Bretanha atrai estudantes do Brasil

Este ano 13 mil brasileiros deixaram o País para estudar na Grã-Bretanha, a grande maioria optando por cursos de cursos de língua, seguidos de especializações e mestrado. Ontem, estudantes curitibanos tiveram a oportunidade de conversar diretamente com representantes de escolas de inglês, faculdades e universidades do Reino Unido. Cerca de 2.000 pessoas visitaram os estandes das 40 instituições de ensino. Todas têm os cursos reconhecidos pela British Council, órgão oficial de relações educativas e culturais daquele país com o resto do mundo.

A coordenadora de marketing da British Council no Brasil, Isobel Oliveira, explica que são analisados diversos aspectos entre acomodações, livros, biblioteca, recursos multimídia e a qualidade do ensino. Além disso, também é verificado se a publicidade corresponde ao que é realmente oferecido ao aluno.

No Paraná os cursos na área de mestrado têm ganhado a preferência. “Como as aulas ocorrem de manhã e à tarde, o estudante conclui em um ano e fica pouco tempo afastado do seu trabalho”, diz Isobel. Os cursos de línguas, também são muito procurados. Há várias opções, desde o aperfeiçoamento à preparação para quem quer enfrentar uma universidade naquele país. Além disso é possível conciliar com a formação em áreas como informática e administração. Segundo Susan Bacos da University of Esat Anglia, que trabalha com cursos de língua, a grande dúvida dos estudantes se refere aos custos da viagem, o tempo de duração de cada curso, e se é possível conciliar trabalho e estudos. “Em muitos casos o trabalho pode até ajudar na aprendizagem e no currículo”, diz Susan.

Aspirantes

Eduardo Weniger, 18 anos, estava interessado em uma graduação em música. Há 10 anos ele toca violão e acha que fora do Brasil tem mais opções para a sua formação. Ele encontrou o curso em doze universidades e está interessado em uma que oferece aulas mais práticas. “Quero ir para fora. Aqui a música não tem muito reconhecimento. Um diploma europeu tem muito valor”, diz. Gabriel Zugman, 17, também está interessado em uma graduação na área do direito, mas acha que vai ficar por aqui mesmo. “Depois não tem como validar o diploma no Brasil. O interessante será fazer uma pós-graduação ou mestrado”, explica. Elisabeth Fani, 18, estava a procura de um curso de línguas. Ela fez o básico e agora quer aperfeiçoá-lo. Pensa até em ficar morando lá por algum tempo quem sabe estudando a faculdade de jornalismo.

De acordo com Isobel, o Brasil é um dos países que tem tratamento prioritário devido a dois fatores. Primeiro, porque é grande o número de estudantes que vão à Inglaterra. E em segundo, porque levam os estudos muito a sério, além de ter um bom relacionamento com os outros. As duas características ajudam os brasileiros a ter um melhor aproveitamento.

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