Diversos municípios da Região Metropolitana de Curitiba serão beneficiados com um pacote de obras do governo do Estado, que prevê a integração regional entre as cidades. É um investimento à política de integração do sistema de transporte e construção de infra-estrutura. O primeiro pacote está em processo de licitação, e envolve recursos da ordem de R$ 55 milhões, sendo 65% através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e 35% de contrapartida do Estado.
De acordo com o secretário especial para Assuntos da Região Metropolitana de Curitiba, Edson Luiz Strapasson, o pacote de obras inclui a liberação de faixas de vias, assim como construção de terminais, prolongamentos, trevos de acesso e novas rodovias. Mais de 95% dos recursos serão aplicados em obras viárias, e o restante na construção de terminais. “Será o maior volume de obras já executado na Região Metropolitana que se tem conhecimento”, comentou.
O edital de concorrência para o primeiro lote de obras foi publicado no último dia 9 de julho, e a abertura das propostas está prevista para o mês de agosto. A meta, diz Strapasson, é iniciar a execução no final desse mesmo mês. Entre as obras previstas estão a construção de um corredor de transporte no trecho urbano da chamada Estrada da Ribeira, ligando o trevo do Atuba até Guaraituba, em Colombo. “Serão três faixas que irão melhorar o trânsito nessa região”, comentou.
Uma via de integração, com cerca de vinte quilômetros, também será construída entre os municípios de Colombo e Pinhais. A rodovia de contorno metropolitano, diz o secretário, terá a finalidade de promover a integração regional entre os municípios. “Hoje só existem vias ligando esses municípios a Curitiba. Agora queremos promover uma integração entre eles, sem passar pela capital”, informou. Também estão previstos a construção de terminais de ônibus ligando Roça Grande até a Rodovia da Uva, em Colombo; melhoria e prolongamento da Marechal Floriano, em São José dos Pinhais, bem como na Avenida Brasil, em Fazenda Rio Grande; e na Jacob Macanã, em Pinhais.
Desapropriações
O secretário destaca que a maioria das obras atingirá vias municipais, e para a liberação de faixas, haverá a necessidade de promover desapropriações. Strapasson garantiu que existe um convênio firmado entre os municípios para que eles se responsabilizem pelos processos de liberação e pagamento das desapropriação. “Quando envolver interferência nas rodovias estaduais, o governo será responsável pelo processo”, finalizou.