Foi encerrado ontem as reuniões que estavam ocorrendo desde a semana passada entre o governo estadual e o Comitê pela Revitalização do Instituto de Previdência do Estado (IPE). No próximo encontro, marcado para o dia 17, o diretor do Departamento de Assistência à Saúde, Cesar Abi Calafe, vai apresentar uma proposta em linhas gerais sobre o que o Estado pretende implantar. É promessa de campanha do governador Roberto Requião reativar o IPE e o Hospital da Polícia Militar.
Os servidores querem que seja criado um fundo de saúde de direito público sob regime de autogestão e administração paritária, financiado pelo Estado com o objetivo de promover a universalização do atendimento para todas as cidades. Eles também lutam pela revitalização do Hospital da Polícia Militar que hoje não atende familiares e pensionistas.
Uma das maiores críticas ao Sistema de Atendimento à Saúde (SAS) implantado em maio do ano passado pelo ex-governador Jaime Lerner, é a distância que os servidores precisam percorrer para simples consultas e atendimentos ambulatorais. Por este sistema, o Estado foi dividido em 11 regiões e em cada uma delas um hospital credenciado faz o atendimento. Porém em algumas regiões ainda não há hospitais atuando. “Quem mora em União da Vitória precisa percorrer 230 quilômetros até Pato Branco”, explica o representante do Sindicato dos Médicos e ex-diretor médico do IPE, José Valêncio Maciel de Almeida. Segundo ele, integravam o antigo sistema de saúde mais de 200 hospitais e 600 clínicas e ambulatórios.
Antes do dia 17, o comitê se reúne para delimitar as ações a serem implantadas a partir das propostas discutidas até agora. O material será entregue ao governo estadual antes do encontro.