Uma das parcelas atrasadas do governo do Paraná para a Rede Integrada do Transporte (RIT), do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana, foi paga na manhã de ontem. Com a entrada do dinheiro, a dívida total baixou de R$ 10 milhões para R$ 5 milhões. Ainda assim a situação é considerada preocupante pela Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), que gerencia o transporte público.

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“Os atrasos têm sido recorrentes”, diz Roberto Gregório, presidente da Urbs. Os R$ 5 milhões pagos pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) ontem são referentes ainda ao mês de outubro. A parcela de novembro ainda não foi paga e a previsão é de que o dinheiro entre na conta apenas no fim deste mês.

“Estamos preocupados, porque o aporte de recursos no tempo previsto é fundamental, ainda mais no fim do ano, quando as empresas têm compromissos de pagar 13.º salário. Qualquer alteração terá consequências”, afirma Gregório. Na quarta (11), um ofício foi enviado à Comec cobrando as mensalidades atrasadas.

Os repasses para a RIT são de R$ 5 milhões mensais, pagos sempre no dia 10 de cada mês. O convênio foi firmado no ano passado principalmente para custear o transporte público da região metropolitana. Sem o aporte, os passageiros de 13 municípios da região podem ter que pagar o valor real da tarifa, acima de R$ 3,50.

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De maio de 2013 a fevereiro de 2014, mês em que termina o acordo, a Urbs calcula que haverá um déficit acumulado de R$ 68 milhões. Desse total, R$ 40 milhões ficaram a cargo do governo, R$ 22,7 milhões da prefeitura e R$ 5,4 milhões da isenção do ICMS do óleo diesel.

A Comec informou que a fatura de novembro foi protocolada na terça-feira da semana passada e que o órgão tem até o fim deste mês para fazer o repasse. O atraso referente ao mês de novembro, portanto, começou a contar na última terça-feira, 10 de dezembro.

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