Governo atrasa repasse do subsídio do transporte coletivo

A Prefeitura de Curitiba enviou ontem à Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) um oficio cobrando o repasse do subsídio do transporte coletivo relativo aos meses de outubro e novembro. Segundo a prefeitura, os valores devidos somam R$ 10 milhões.

À reportagem da Gazeta do Povo, o coordenador da Comec, Rui Hara, admitiu que houve atraso no repasse de outubro, mas afirmou que o dinheiro foi transferido para a conta da prefeitura na manhã de ontem. Quanto ao valor de novembro, Hara disse que o repasse só ocorrerá no fim deste mês.

Em nota divulgada no site da prefeitura, o Município informa que o convênio firmado com o estado prevê um repasse mensal de R$ 5 milhões todo dia 10. Definido em maio deste ano, o acordo é valido até fevereiro de 2014, mas a prefeitura declarou que encaminhou o pedido de renovação em outubro.

O subsídio do governo do estado à Rede Integrada de Transporte (RIT), que engloba a capital e 13 municípios da região metropolitana, é mantido desde 2012. Entretanto, ele é deficitário.

Sem a ajuda de custo, a Urbanização de Curitiba (Urbs) prevê um déficit de R$ 97,7 milhões para as contas de 2014, o que corresponderia a 43% a mais do que o registrado neste ano. Caso o acordo seja rompido, a Urbs prevê o reajuste das tarifas aos usuários.

No início de 2013, os poderes municipal e estadual entraram em atrito devido ao tema, o que resultou em ameaças de rompimento do subsídio, o que na ocasião foi resolvido.

No período de maio de 2013 a fevereiro de 2014, mês em que termina o acordo, a Urbs calcula que haverá um déficit acumulado de R$ 68 milhões. Desse total, R$ 40 milhões ficaram a cargo do governo, R$ 22,7 milhões da prefeitura e R$ 5,4 milhões da isenção do ICMS do óleo diesel.

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