Geoprocessamento já está na fase operacional

O projeto de geoprocessamento, que vai mapear a criminalidade no Estado do Paraná, será apresentado ao governador Roberto Requião e aos integrantes da Operação Mãos Limpas na reunião da próxima terça-feira (7). A segunda fase, de operacionalização, está concluída, e o projeto passa agora à terceira etapa: a implantação do boletim de ocorrência unificado.

Segundo o assessor da Secretaria de Estado da Segurança Pública, Marcelo Jugend, experiências inicaram julho e o projeto já tem condições de funcionar. “O geoprocessamento vai revolucionar o combate ao crime organizado no Paraná”, informou o assessor na reunião de ontem.

O projeto prevê a formulação de um mapa completo, com estatísticas de local, tipo de crime e número de ocorrências registradas. Essas informações, no boletim unificado, vão alimentar um grande banco de dados que permitirá a definição das estratégias de combate ao crime, de forma integrada entre as polícias Civil e Militar e o Poder Judiciário.

Piraquara

O secretário estadual da Justiça, Aldo Parzianello, confirmou a decisão tomada em conjunto com o secretário Luiz Fernando Delazari, para transferir a administração da Penitenciária Metropolitana de Piraquara à Secretaria de Estado da Segurança Pública. “É uma solução emergencial que vai permitir desafogar os distritos e delegacias da Região Metropolitana de Curitiba, com a transferência de até oitocentos presos àquela unidade, que vai funcionar provisoriamente como um ?cadeião???, disse Parzianello.

A unidade de Piraquara está pronta e será disponibilizada à Secretaria da Segurança Pública, que terá condições de alojar um maior número de presos do que a Secretaria da Justiça poderia fazer, em função do cumprimento da lei de exigências penais. “A solução é temporária”, reconheceu Parzianello, que anunciou também a licitação, na próxima semana, do projeto do Centro de Detenção Provisória de São José dos Pinhais, que vai proporcionar ao Sistema Penitenciário 900 novas vagas.

Justiça Federal

O juiz federal Friedmann Wendpap passou a integrar a Operação Mãos Limpas, como representante da Associação dos Juízes Federais. Friedmann lembrou que a questão da Segurança Pública é problema do poder Executivo, mas como juiz ele pode contribuir com idéias e sugestões. Uma delas é a disponibilização de advogados, por parte do Estado, para atender à população carente. “O advogado é a porta de acesso do povo ao Poder Judiciário, e atualmente não existe dotação pública para remunerar os advogados que atendam os mais pobres”, disse.

Friedmann afirmou que seria uma maneira mais barata e eficiente de dar atendimento à população do com as defensorias públicas, já que, em potencial, os 40 mil filiados à OAB do Paraná poderiam ser habilitados a dar esse tipo de atendimento.

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