Genéricos ainda não são do conhecimento de todos






No estande da
Boca Maldita,
o objetivo foi
orientar sobre
a mesma eficácia.

Apesar das propagandas que visam incentivar o uso dos genéricos – remédios que têm os mesmos princípios ativos dos medicamentos de marca – muita gente ainda desconhece o assunto. Ontem, pela primeira vez, comemorou-se em todo o Brasil o Dia Nacional do Medicamento Genérico.

Na Boca Maldita, no centro de Curitiba, integrantes do Grupo Pró-Genéricos montaram um estande para orientar a população sobre a utilização desses remédios, cujo uso foi instituído no País em 1999, através da Lei 9.787. “Ouvindo as pessoas, notamos que 70% da população já ouviu falar dos medicamentos genéricos. Porém, apenas 30% os utiliza”, afirma a farmacêutica e uma das coordenadoras do estande, Oksana Kuczeynski.

Segundo ela, os genéricos têm a mesma fórmula e fazem o mesmo efeito que os medicamentos de marcas comuns, porém são até 40% mais baratos, pois os fabricantes não investem em embalagens sofisticadas ou propaganda. “Não é só a população que ainda não se habituou aos genéricos. Muitos médicos, também sem consciência, deixam de indicá-los a seus pacientes”, informa.

“É importante que as pessoas peçam orientações ao médico ou mesmo ao farmacêutico. Pessoas que gastam bastante em remédios podem fazer uma boa economia.”

Todas as farmácias e drogarias são obrigadas a ter a listagem de genéricos. Os vendidos sem prescrição médica têm uma faixa amarela simples na embalagem. Os comercializados mediante receita têm a faixa amarela em cima de uma tarja vermelha. Já os genéricos de venda controlada têm a faixa amarela abaixo de uma faixa preta. “Os genéricos são totalmente confiáveis. Eles passam por rigorosos testes que comprovam que são iguais aos medicamentos de marca”. Atualmente, mais de 150 genéricos estão à venda no Brasil. São fabricados por dezenove laboratórios.

Estande da Boca Maldita esclarece povo

Maria Rodrigues, zeladora: “Não sabia nada sobre genéricos. Por isso, a explicação que eu recebi no estande da Boca Maldita foi muito proveitosa. Não tomo medicamentos, mas vou passar as informações à minha irmã, que sempre gasta bastante com remédios”.

Edson Luiz da Silva, agente de turismo: “Uso genéricos e sempre acabo fazendo economia. Conversei com o meu médico e nunca tive problemas. Sempre que preciso comprar um remédio consulto a listagem presente nas farmácias”.

Daniel Corsi, operador de caixa: “Já usei medicamentos similares, mas nunca genéricos. Gasto sempre com remédios para úlcera e, se os genéricos forem mesmo mais baratos, não vou pensar duas vezes em utilizá-los”.

Omar Fatuch, comerciante: “Eu não conhecia os genéricos. Já tinha ouvido falar, mas não sabia direito o que era e nunca havia consumido. O estande montado na Boca Maldita me chamou a atenção e pude me informar melhor. Os medicamentos, em geral, são muito caros e acho que vale a pena procurar saber mais sobre os genéricos”.

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