Galhos na pista atrapalham trânsito na Mateus Leme

A Rua Mateus Leme é uma das mais movimentadas de Curitiba e está longe de ser um exemplo de organização e segurança de acordo com moradores e comerciantes do local. A má conservação das árvores, calçamento irregular e acidentes de trânsito são as principais reclamações. Uma das principais ligações entre o Centro e a Rodovia dos Minérios, a rua é valorizada pelo forte comércio e agitação cultural.

Na noite da última segunda-feira, um caminhão de sorvetes teve parte da carroceira destruída ao chocar-se com um galho de árvore projetado para dentro da pista. Há 21 anos no local, o jornaleiro Gerson Luiz Montagner conta que acidentes deste tipo não são frequentes e considera mais grave as quedas de galhos, principalmente em dias de chuva forte e ventania. “Eu tenho medo de andar na rua. As árvores não têm manutenção e muitas estão enfraquecidas por causa das pragas”, observa. As raízes que saltam do asfalto também são motivo de indignação. “Idosos e cadeirantes têm muita dificuldade para transitar devido à irregularidade das calçadas.”

Dono de uma loja de reparos de veículos, Fernando Sesterheim sofre com a rua arborizada. É comum galhos caírem no estacionamento da loja. Há um ano e meio ele foi a vítima. “Se fosse de um cliente eu teria que pagar o prejuízo. Não sou contra as árvores, mas precisa haver uma revitalização e uma poda mais frequente porque tem galho dentro da via ou atrapalhando a fiação”, protesta.

A Mateus Leme tem uma única lombada eletrônica, entre as ruas Dr. Nelson de Souza Pinto e Lívio Moreira, “o que facilita a alta velocidade dos veículos”, segundo o morador e ciclista Isídio da Silva. Para ele, fora do horário do pico, há abuso e o traçado sinuoso da rua facilita a ocorrência de acidentes. “Ou a prefeitura instala mais lombadas ou transforma em mão única. Mas do jeito que está é muito perigoso”, sugere. “Muita gente pedala por aqui e, assim como eu, sente-se inseguro”.

A prefeitura de Curitiba informou que “dentro do plano de aperfeiçoamento permanente do sistema viário e de garantia à acessibilidade, está estudando melhorias para a via, que ao mesmo tempo preservem as suas características e atendam às necessidades de expansão urbana.”