Fundação Vilela Batista recebe aparelho inédito

A Fundação Vilela Batista, instalada através de parceria no Instituto de Medicina e Cirurgia do Paraná, em Curitiba, recebeu ontem um equipamento inédito que deve revolucionar o diagnóstico de doenças do coração. “É um divisor de águas”, comentou o presidente da Fundação, o cirurgião cardíaco Randas Vilela Batista, referindo-se ao aparelho de ecocardiografia que produz imagens em terceira dimensão, em tempo real. O equipamento – o primeiro do Brasil e da América Latina, segundo o cirurgião – foi doado pelo Hayama Heart Center, instituto do Japão.

O cirurgião conta que, em 1999, quando esteve no Japão por conta da inauguração do Instituto do Coração, recebeu a doação de US$ 1 milhão para comprar equipamentos para a Fundação Vilela Batista. “Com a inauguração da Fundação, voltei a fazer contato com o instituto e recebi a autorização para comprar 50 milhões de ienes (cerca de US$ 500 mil) em equipamentos”, conta o médico. A outra parte já havia sido doada anteriormente e utilizada também na compra de aparelhos cardíacos. O dono do instituto, Torao Tokuda, é proprietário de quarenta hospitais de ponta no Japão e ainda tem cargo político que corresponde ao de senador no Brasil.

O novo equipamento é avaliado em cerca de US$ 250 mil e traz uma série de benefícios. “O diagnóstico das doenças cardíacas é muito mais preciso. Além disso, com este aparelho muitos paciente nem irão precisar do cateterismo. No caso de crianças, por exemplo, em que é preciso fazer a ecocardiografia e o cateterismo, o último poderá ser eliminado”, explica. Outro equipamento, a hemodinâmica – aparelho de raios-x que faz o cateterismo cardíaco -deve chegar no mês que vem.

SUS

Com os dois equipamentos, a Fundação deverá pedir credenciamento junto ao SUS. Por enquanto, o atendimento é apenas a conveniados de planos de saúde e particulares. “O SUS exige uma série de equipamentos, incluindo a hemodinâmica”, explica. Como se trata de uma Fundação filantrópica, o cirurgião salienta a importância de estender os benefícios da ecocardiografia à população mais carente. “Como não temos que pagar o aparelho, uma vez que já está pago, podemos canalizar a medicina para comunidade carente, sem nos preocupar em faturar.”

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