Os trabalhadores dos Correios voltam hoje ao trabalho após nove dias de greve e cerca de 3 milhões de correspondências atrasadas no Estado, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR). O fim da paralisação foi decidido ontem no julgamento do dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), no qual ficou acordado o reajuste de 6,5%, retroativo a agosto.
O índice está acima dos 5,2% que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ETC) ofereceu, mas o reajuste não agradou a categoria que pedia 43,7%, sendo 10% de aumento e 33,7% de perdas históricas, além de R$ 200 linear. “Ainda não estamos muito contentes, não abonaram os dias parados e também não vão dar o linear que passou para R$ 80”, avalia o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios no Paraná (Sintcom-PR), Luiz Antônio de Souza.
Compensação
O vale-alimentação extra concedido no final do ano está mantido, assim como o convênio médico. Também ficou decidido que os dias parados serão compensados nos próximos seis meses com trabalho extra e caso a medida não seja cumprida haverá desconto nos salários.
Neste fim de semana os Correios fazem mutirão para entrega das cartas e encomendas acumuladas. De acordo com a empresa, nos últimos seis dias de paralisação em todo o País, 89,8% das correspondências, cerca de 191,3 milhões de objetos, foram entregues no prazo.
Impasse
A decisão do fim da greve dos trabalhadores dos Correios foi tomada após duas audiências de conciliação no TST que não chegaram a acordo entre as partes. Além disso, os números divulgados pela empresa e o sindicato não batem. De acordo com os Correios, a adesão à greve não passou de 10%, número diferente do divulgado pelo Sintcom, que estima que 60% da categoria parou.