Enquanto o comando nacional de greve participava de uma audiência de conciliação com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) no Tribunal Superior do Trabalho (TST), os funcionários dos Correios realizaram ontem manifestações em várias cidades do Estado. Em Curitiba, eles se concentraram na Praça Santos Andrade, e em seguida foram até a Assembléia Legislativa (AL).
?Queremos sensibilizar a empresa para que apresente uma proposta melhor do que as discutidas até agora?, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom), Nilson Rodrigues dos Santos.
Antes de saíram pelas ruas da cidade em direção á AL, os manifestantes fizeram uma assembléia para autorizar o comando nacional de greve a elaborar uma contraproposta, caso as negociações realizadas ontem não chegassem a um consenso. O pedido inicial dos trabalhadores era de 47,17% de reajuste salarial. A última proposta rejeitada por eles foi um de abono de R$ 800 e 12% de reajuste, sendo 8,5% para agora e 3,5% em fevereiro.
Segundo Nilson, os trabalhadores estão dispostos a aceitar o abono, mas além disso querem um aumento significativo no piso da categoria. Hoje o salário inicial na empresa é de R$ 448. De acordo com o sindicalista, no Estado, 90% do serviço de entrega está paralisado. Só está funcionando as entrega por sedex, malotes e contas. Já a assessoria de imprensa dos Correios afirma que no Estado o número varia de zero a 30% nos 51 postos de distribuição. As outras cidades que também fizeram manifestações foram Cascavel, Foz do Iguaçu, Maringá, Francisco Beltrão, Ponta Grossa e Umuarama.