Funcionários dos Correios protestam

Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, lotados no Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) do Novo Mundo, em Curitiba, paralisaram as atividades ontem pela manhã. Eles reclamam da falta de efetivo, que vem provocando uma sobrecarga de trabalho, pois o volume de encomendas mantém um crescimento em torno de 5% ao mês. Porém, com a chegada do final do ano essa quantidade tende a aumentar.

De acordo com o delegado do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom), Luiz Carlos Ferreira, a unidade conta com 58 funcionários. Mas seriam necessários outros 14 para atender a demanda diária, que tem um média 30 mil objetos. Em função disso, afirma Ferreira, os trabalhadores estão sendo obrigados a fazer cerca de duas horas extras por dia. ?Nós fazemos quatro horas internas e quatro externas. Mas estamos tendo que trabalhar mais duas horas devido ao grande volume de trabalho. Isso vem ocasionando uma sobrecarga?, disse.

Esse tipo de situação está acontecendo desde o mês de setembro, quando o volume de encomendas aumentou devido ao período eleitoral. ?A tendência é que continue crescendo com o final do ano?, falou o secretário-geral do sindicato, Nilson Rodrigues dos Santos. Por isso, afirma ele, a tendência é que outros CDDs também iniciem protestos nos próximos dias. Em Curitiba e região metropolitana são 30 CDDs. Segundo ele, a empresa tem como norma manter um efetivo de 13% de funcionários como reserva. ?No entanto, isso não está acontecendo?, disse Santos.

A assessoria de imprensa dos Correios informou que no final da manhã as atividades no CDD voltaram ao normal. Eles admitiram que existe um déficit momentâneo de funcionários na unidade – de 9 e não de 14 funcionários como disse o sindicato -, isso em função de coincidir férias ou licença no mesmo período, de alguns trabalhadores do local. No entanto, garantiu que serão transferidos de outro centro quatro funcionários para o Novo Mundo. 

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