Funcionários dos Correios em greve

Começou na noite de ontem a greve por tempo indeterminado dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A decisão, tomada em assembléias por todo o País, foi uma resposta de rejeição à contraproposta da empresa sobre as reivindicações dos trabalhadores, considerada insuficiente.

Após a aprovação da greve em Curitiba, o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) promoveu passeata pelas Ruas André de Barros e João Negrão, com destino à sede estadual dos Correios, no centro da cidade. As assembléias também ocorreram em Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Londrina, Maringá, Pato Branco e Ponta Grossa. A perspectiva do Sintcom-PR em relação à adesão da greve é de que mais de 80% dos 6 mil trabalhadores do Estado se engajem no movimento.

Entre as reivindicações estão reposição salarial de 47,77%, R$ 200 de aumento real para todos os funcionários e ampliação dos benefícios, como redução da jornada de trabalho, contratação de funcionários concursados para ocupar vagas terceirizadas, licença-maternidade de seis meses, segurança nas agências dos Correios e adicional de periculosidade.

O impasse em torno das negociações continuou após a reunião com a direção dos Correios em Brasília, realizada na última terça-feira. A contraproposta da ECT, rejeitada pelos trabalhadores, acenou com reajuste de 3,74%, R$ 50 de aumento real a partir de janeiro de 2008 e um abono de R$ 400, parcelado em duas vezes. Hoje, o salário inicial de um carteiro é de R$ 524,08. ?Essa proposta está muito aquém das nossas reivindicações. Vamos paralisar as atividades para que a empresa pare de enrolar e volte a negociar com o comando de greve?, afirmou o secretário-geral do Sintcom-PR, Nílson Rodrigues dos Santos. A pauta de reivindicação da categoria foi entregue aos Correios em 23 de julho e uma paralisação de 24 horas já havia sido feita em agosto por funcionários de 13 estados do País, para pressionar as negociações.

A última greve dos Correios ocorreu em 2005, quando os trabalhadores ficaram paralisados durante nove dias. Naquela campanha salarial, houve a conquista do reajuste de 9,18% e abono salarial de R$ 800.

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