Funcionários do Ibama na capital aderem à greve

O comando nacional de greve dos servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) informou que ontem 18 estados haviam aderido à paralisação e os demais estavam realizando assembléia. No Paraná, as atividades da sede da gerência em Curitiba – onde tramitam 6 mil processos – estão interrompidas. Em Paranaguá, o posto do Ibama funcionou ontem com estrutura mínima e em assembléia foi decidido que todas as atividades vão ser paralisadas na segunda-feira. Na última quinta-feira, o Ministério do Planejamento enviou ao Congresso um projeto de lei que contempla uma das seis reivindicações da categoria. Na segunda-feira, os servidores realizaram assembléia para estudar a proposta e decidir se a paralisação continua.

Hoje a greve dos funcionários do Ibama chega ao terceiro dia. No Paraná, os processos que tramitam na sede da gerência em Curitiba de licença ambiental, aplicação de multas e fiscalização estão parados. “A curto prazo pode não fazer muito efeito, mas se a greve continuar haverá problema nessas áreas”, avalia um dos coordenadores da greve no Paraná, José Joaquim Crachineski. Em Paranaguá, até ontem a situação estava normal, mas na segunda-feira as atividades devem ser paralisadas. Os servidores atuam na liberação de cargas para a importação e exportação, principalmente de madeira. Empresários podem contabilizar prejuízos diários por volta de US$ 10 mil.

Segundo José, em Londrina o posto do Ibama também está parado. Ficaram prejudicados principalmente os setores de fiscalização de desmatamento e de tráfico de animais. No entanto o gerente do Ibama no Paraná, Marino Gonçalves, afirma que há um acordo com o comando de greve de não parar as operações essenciais, como as de fiscalização que estavam em curso.

Os servidores exigem reenquadramento dos ativos, inativos e pensionistas na carreira de especialista em meio ambiente, considerando o tempo de serviço e a especialização que cada um já possui. Até agora, só os da ativa foram enquadrados e todos, independente do tempo de serviço, estão no início do quadro. Pela negociação ocorrida em setembro, a cada 2,35 anos de trabalho, o servidor avança um nível na carreira.

Já os servidores aposentados e pensionistas nem chegaram a ser enquadrados. De acordo com o projeto de lei enviado ao Congresso, isto não deve ocorrer. A proposta contempla apenas o reenquadramento dos ativos. Na segunda-feira, os grevistas vão analisar se aceitam a proposta e interrompem a greve.

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