Insatisfação

Funcionários da Urbs podem cruzar os braços na segunda

Em assembleia realizada na noite desta terça-feira (10), o Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização Do Estado Do Paraná (Sindiurbano-PR), que representa os trabalhadores da Urbs, responsável pelo gerenciamento do transporte coletivo em Curitiba, decidiu cruzar os braços a partir da próxima segunda-feira (16).

O motivo para a possível greve é a proposta de acordo coletivo apresentado pela Urbs, que de acordo com o sindicato, não atende as necessidades dos trabalhadores. Segundo Valdir Mestriner, presidente do Sindiurbano-PR, a primeira proposta apresentada pela Urbs no começo de junho, fazia a correção do salário, de acordo com a inflação. “Além disso, essa proposta retirava vários benefícios dos servidores, o que vai contra a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”, completou. Apesar de uma nova mesa de negociação ter sido aberta, o impasse continuou.

Uma nova reunião está marcada para a sexta-feira (13) e uma nova proposta deve ser apresentada. Na noite de sexta uma assembleia dos trabalhadores irá decidir se a paralisação acontecerá ou não.

A Urbs disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que continua aberta a negociações e também que confia no bom senso dos funcionários no reconhecimento de sua atuação dos na cidade. É um desafio ainda maior quando a cidade é sede da Copa.

Exigências

Os trabalhadores querem aumento real dos salários e que seja estabelecido o piso salarial de R$ 1.350 para o setor administrativo da Urbs, o mesmo valor pago para funcionário do setor administrativo da prefeitura de Curitiba.

Outro pedido é que o encerramento do expediente seja alterado. Mestriner afirma que a saída dos funcionários às 18h causa muitos transtornos. Para o presidente do Sindiurbano-PR, o ideal seria que as atividades terminassem às 17h30. Para isso existem duas soluções: reduzir o horário de almoço ou adiantar a entrada dos funcionários.

Transtornos

Caso os funcionários da Urbs realmente cruzem os braços, muitos serviços podem ser prejudicados. O mais sério deles seria a fiscalização dentro de terminais de ônibus e a organização do trânsito durante os dias de jogos da Copa em Curitiba.

Além disso, o funcionamento e conservação de banheiros dentro dos terminais e da rodoferroviária estariam comprometidos. O Estacionamento Regulamentado (EstaR) também poderia deixar de operar com a greve dos trabalhadores.