Os frentistas do Paraná podem parar na próxima semana. O indicativo de greve em Curitiba está aprovado, já que a categoria reprovou por unanimidade a proposta de reajuste de 7,16% (reposição inflacionária) no salário e benefícios sociais como o vale-alimentação. Segundo o Sindicato dos Frentistas de Curitiba e Região Metropolitana (Sinpospetro), a categoria só aguarda as assembleias marcadas para esta semana em Londrina, Cascavel e Ponta Grossa para definir o início da paralisação.
A data-base dos trabalhadores em posto de combustíveis está atrasada, porque o vencimento é em maio. Mesmo assim, o presidente do Sinpospetro, Lairson Sena, conta que os trabalhadores estão mobilizados para rejeitar em todo o Estado o acordo nos moldes que está. “O piso salarial é muito baixo, de R$ 769,24. O mínimo que pedimos é o reajuste entre 18% e 20% para se aproximar do salário mínimo regional”, explicou. O sindicato também defende o mesmo reajuste para o vale-refeição que hoje é de R$ 273,00 e o pagamento de meio piso como Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Negociações
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis no Paraná (Sindicombustíveis), a negociação segue, embora ainda não se tenha proposta diferente do reajuste salarial de 7,16%, equivalente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado no período. Segundo o Sinpospetro, o acordo coletivo envolve mil trabalhadores em Curitiba e 20 mil em todo o Estado.