Até o final do ano, Foz do Iguaçu deverá receber um Núcleo de Combate ao Tráfico de Pessoas, capaz de intensificar a prevenção e os trabalhos policiais de busca à vítimas do crime que já são atendidas pela Casa do Imigrante, coordenada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres.

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A cidade, de 1990 a 2009, teve 40 inquéritos de tráfico internacional de pessoas registrados, e deverá receber o 9.º Núcleo do País.

As cidades são escolhidas com base nos maiores números de inquéritos policiais de tráfico de pessoas e denúncias nos principais números de contato da população, o Disque 100 e o 180. O primeiro Estado que ganhou o projeto do governo federal foi São Paulo que, em 1990, ainda não tinha nenhum registro de tráfico internacional de pessoas. Contudo, antes do final do ano passado, já contava com 99 inquéritos.

Os números tendem a aumentar depois da inauguração do Núcleo nas cidades por que a população, quando é bem informada sobre o assunto, conhece mais e passa a denunciar mais, informa a assessoria de imprensa da Secretaria Nacional de Justiça.

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A equipe interdisciplinar que atua nos núcleos é coordenada geralmente pela Secretaria Estadual de Justiça. São profissionais de Psicologia, assistência social e Direito, que auxiliam na prevenção e na investigação policial.

Além disso, os servidores públicos que atuam nos núcleos ampliam a rede de atendimento às vítimas, recebem denúncias e fazem acompanhamento, sempre encaminhando as novidades à Polícia Federal. Há parceria com a polícia de outros países e assistência consular.

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Negociação

A instalação do Núcleo no Paraná depende da negociação do governo federal com o estadual. As obras e a manutenção do projeto ganham recursos do Pronasci, que já estariam liberados para Foz do Iguaçu. A previsão é que a assinatura do convênio seja até o final deste ano.

Dicas

Como saber se uma pessoa desaparecida foi vítima de tráfico de seres humanos:

– A pessoa desaparecida recebe algum convite (principalmente através da internet) para trabalhar em outro Estado ou outro País.

– Quem fez o convite solicitou sigilo sobre o trabalho.

– A vítima informou que faria alguma viagem dias antes de desaparecer e não teve mais contato com familiares.

O que fazer?

– Se for seu familiar, levar as informações a conhecimento da Polícia Federal.

– Se você tiver informações sobre a localização de vítimas ou sobre quadrilhas de tráfico de pessoas, pode denunciar de forma anônima através do Disque 100 e do Disque 180.