A última noite de Carnaval reuniu milhares de foliões nos dois principais clubes de Curitiba, o Santa Mônica e o Paraná. Grande parte deles havia retornado do litoral ainda na terça-feira e não queria perder o último dia de folia.
No Santa Mônica, cerca de 2.300 pessoas lotaram o salão principal. O clube manteve a tradição e encerrou a noite com o habitual banho de piscina. Foi o segundo ano consecutivo que o baile do Santa Mônica se restringiu à noite de terça-feira. “Quase 70% dos que vêm ao Carnaval retornaram da praia. A gente não deve voltar a promover bailes em outros dias”, comentou o coordenador social Natan Kaiser.
O tema escolhido este ano foi Pentafolia, e o investimento foi de aproximadamente R$ 47 mil ? no ano passado, havia sido R$ 39 mil – incluindo despesa com banda, segurança, decoração.
De acordo com Kaiser, o clube conseguiu atingir a meta estipulada: reunir cerca de 11 mil pessoas durante as duas matinês o baile de terça-feira. No ano passado, o público foi um pouco menor, segundo ele.
Fantasias
Embora a maioria dos foliões prefira roupas leves durante a folia, outros não abrem mão de uma bela e suntuosa fantasia. É o caso do casal Carlos Zacachuka, de 36 anos, e Ângela Crozeta, 36, fantasiados de árabe e melindrosa. Segundo Carlos, todos os anos os dois festejam o Carnaval com trajes peculiares. “Vale a pena o investimento”, comentou, referindo-se ao aluguel da roupa ? R$ 60,00. A reclamação dele, no entanto, era em relação ao público. “No ano passado tinha mais gente da minha idade. Este ano, só pivetada.”
A atriz Ana Cristina Martins de Souza, 33, inventou a própria fantasia. Com uma peruca colorida, poás e óculos, chamava a atenção. “Carnaval é a hora de soltar a fantasia. Isso me lembra a infância”, comentou. Para as estudantes Danna Checchia, 16, e Fernanda Bernardoni, 15, fantasiadas de melindrosa e odalisca, respectivamente, além de ser divertido, o traje chama a atenção dos meninos. “Eles olham mais”, garante Fernanda.
Paraná Clube
A terceira e última noite de Carnaval no Paraná Clube, na terça-feira, foi a mais animada de todas, segundo a opinião de vários associados. “Hoje (terça-feira) está bem melhor. Tem mais gente”, comentou o vendedor Éverton Calixto, 18, que havia ido ao baile na noite anterior. Apesar disso, Éverton não escondia a vontade de estar na praia em vez de um salão de clube. “Na praia é mais divertido do que aqui, mas ficou fora do meu orçamento.”
Para o estudante Leandro da Costa Rosa, 18, passar a última noite de Carnaval em clube já virou tradição. “Vim da praia hoje (terça), de carona. Todo ano passo a última noite aqui”, contou.
Já a dona de casa Renilsda Bueziak, 47, foi ao baile acompanhar as filhas de 15 e 18 anos de idade. “Fico aqui sentada. Gosto apenas de ver as pessoas dançando”, comentou. Segundo ela, a preferência por Carnaval em clube se deve à segurança. “A praia não tem estrutura. Além disso, tem um monte de adolescentes bêbados caídos. Aqui, não.”
O tema do Paraná Clube este ano foi “Carnaval de Máscaras”, e o investimento foi de quase R$ 60 mil, segundo o gerente social Luiz Carlos Casagrande. A expectativa era reunir cerca de 3 mil pessoas na última noite de folia.