Flagelados recebem donativos

A Defesa Civil do Estado do Paraná repassou, ontem, para a Secretaria de Ação Social da Prefeitura de Morretes, roupas e utensílios domésticos doados pela população de Curitiba e região Metropolitana. Os donativos serão encaminhados para as famílias atingidas pela enchente que assolou a cidade na última semana de janeiro.

Cerca de 1.500 pessoas estão cadastradas para receber as doações. De acordo com a secretária de Ação Social de Morretes, Dilcenei Consentino Peres, dez voluntários e mais funcionários da secretaria estão trabalhando no cadastramento e na distribuição dos donativos. “Temos um processo rígido de seleção. Em alguns casos, vamos até as casas, para ver o que eles realmente estão precisando”, explica. No momento, colchões, cobertores e travesseiros são os itens mais procurados. A secretária estima que serão necessários mais setenta colchões de casal, sessenta de solteiro, cinqüenta cobertores e trinta travesseiros para atender as famílias mais atingidas.

Terezinha de Souza, moradora do bairro Nhanha, está com o marido e os quatro filhos na casa de um parente. A casa onde ela morava foi levada pela chuva e tudo que tinha dentro ficou destruído. Terezinha ganhou, além de cesta básica e roupas, um fogão.

A funcionária pública Hejane Gonçalves lembra da tragédia com poucos detalhes. “Não deu tempo de nada, só consegui pegar meus filhos e sair correndo”, contou. Hejane conseguiu voltar para sua casa, no bairro Jardim das Palmeiras, mas muitos de seus objetos foram levados pelas águas. Ela é uma das beneficiadas com as doações.

Este foi o segundo carregamento que a Defesa Civil do Estado do Paraná levou para Morretes. No dia 27 de janeiro, quando começou a chuva, foram entregues 135 cestas básicas. Durante a tempestade, os Rios do Pinto e Marumbi subiram mais de 8 metros e transbordaram. Os rios Sagrado e São João também saíram do leito. Os bairros mais afetados foram a Vila das Palmeiras, com 210 famílias atingidas e Rocio e com 244.

No dia 30 de janeiro, o governador Roberto Requião decretou estado de calamidade pública no município, este decreto permitiu que a Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) realizasse com maior agilidade as obras emergenciais para solucionar os problemas causados pela enchente.

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