Fisioterapeutas paranaenses vão entregar ao Ministério Público documento onde exigem mudanças no relacionamento da categoria com alguns planos de saúde. Ontem, eles estiveram reunidos discutindo as medidas. Entre elas, querem o estabelecimento de um contrato que defina a responsabilidade de ambas as partes e que as operadoras de saúde tenham um fisioterapeuta para determinar o tipo de tratamento que deve ser dado aos pacientes. Segundo a coordenadora da Comissão Referencial de Honorários Fisioterapêuticos do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito-8), Lucy Mara Baú, em muitos planos de saúde um médico faz esse trabalho e isso tem proporcionado um atendimento deficitário.

No Paraná existem hoje 4.600 fisioterapeutas e em Curitiba e Região Metropolitana são 2.123. Lucy Mara comenta que o conselho tem recebido muitas reclamações de fisioterapeutas em relação aos convênios. Ela explica que os pacientes que necessitam de fisioterapia passam pela auditoria de um médico do plano de saúde, que indica o tratamento. Com isso, muitas vezes, o paciente precisa fazer fisioterapia em vários membros pois têm relação direta com o local afetado e, no entanto, a indicação acaba sendo apenas parcial. Assim fica um impasse entre fisioterapeutas e pacientes. “Não adianta cuidar só de uma das partes afetadas. Mas se o fisioterapeuta der o atendimento necessário, não recebe”, explica.

A categoria também quer ser remunerada de acordo com a tabela do Conselho Federal de Fisioterapia que existe há cinco anos. Exige também um contrato para evitar situações como atraso de pagamento e alterações de tabela sem comunicado ou justificativa. “Em muitos casos quando o fisioterapeuta reclama, dizem para se descredenciar”, fala.

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