Fim de férias, volta à rotina

Os 4.300 alunos do Colégio Estadual do Paraná retornaram as aulas ontem. Nem mesmo a animação por reencontrar os amigos escondia a dificuldade para voltar a rotina.

A diretora auxiliar da unidade, Marina Murakami, confirma que existe uma certa dificuldade em se readequar ao sistema, mas em cinco dias os alunos estão novamente ambientados. Ontem se confirmaram na prática as palavras de Marina: muitos estudantes chegaram meia hora atrasados. “O frio colaborou”, comenta. Mas, como era o primeiro dia, ninguém levou bronca.

Para Waldisnéya G. Barbosa, de 15 anos, os quinze dias de férias não deram nem para o começo. “O período de aulas é muito extenso”, argumenta, prevendo que vai demorar umas duas semanas para se adaptar.

Felipe Deschamps, 16, também concorda que voltar a estudar não é tão agradável assim. “A primeira semana deveria ser para a gente se situar”, comenta. Neste quesito, Luana C. Genaro até aconselha os mestres a “pegar mais leve” no período. “Não dá vontade de prestar atenção. A gente quer saber das novidades sobre os colegas que estão ao lado.” Mas ontem o que ela ficou sabendo foi a respeito de conteúdos, trabalhos e provas.

Longe dos amigos

Lucas Kletember da Rocha, 15, diz que estava muito bom dormir até mais tarde, mas voltar a estudar tem suas compensações. “A gente revê os amigos. Alguns moram longe e era difícil o contato”, conta.

A turma de Gabrielle Novak, 14, soube aproveitar o dia, ou melhor, a hora do intervalo: pôs o papo em dia, falou das férias e exibiu fotografias. Todos são unânimes em afirmar que o período de descanso deveria ser mais extenso, mas reconhecem que foi o suficiente para esquecer de notas e provas. É claro que nem todos tiveram esta felicidade. Marcela Chamano, 14, não está bem em matemática e o fantasma da nota lhe fez companhia por estes dias. “Preciso recuperar agora”, diz.

Diretran retoma fiscalização em áreas escolares

Lawrence Manoel

Vinte e três agentes de trânsito da Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran) voltaram ontem a fiscalizar as ruas próximas de dez colégios na região central da capital. Ontem, 371 escolas estaduais de ensino regular e a maioria das 850 escolas particulares de Curitiba iniciaram o segundo semestre do ano letivo. Com isso, cresceu no número de veículos em circulação. Amanhã, as 159 escolas municipais de Curitiba também retornam às aulas. A expectativa da Diretran é que com o retorno de todo sistema escolar da capital, 30 mil veículos a mais passem a circular pelas ruas da cidade.

A frota total de Curitiba conta com 735 mil veículos. Todavia, a frota de carros circulante é de apenas 30% disso. Os veículos que “estavam de férias” correspondem a 13% da frota circulante.

Conforme a gerente de operações de trânsito da Diretran, Léa Hatschbach, a volta as aulas no meio do ano causa menos problemas que a do início. Ela explicou que no começo do ano letivo, a Diretran disponibiliza agentes de trânsito extras para ficar nas proximidades dos colégios. Agora eles estão apenas voltando a fazer o serviço normal próximo de escolas. “Nos três turnos, a Diretran tem 450 agentes, sendo 130 por turno no Estacionamento Regulamentado (Estar). Colocamos alguns perto nos colégios, mas somente nos horários de entrada e saída das aulas”, contou Léa.

A gerente da Diretran adverte que os motoristas que não quiserem ter problemas com o maior número de veículos na rua devem tomar medidas de prevenção. Sair com antecedência de casa e ficar mais atento ao trânsito são dicas para evitar acidentes. “De maneira alguma devem bloquear cruzamentos e parar em fila dupla”, alertou.

Conforme dados do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), a média de acidentes diários em agosto (mês da volta às aulas) do ano passado foi de 51. Esse número é inferior a média de julho e setembro também de 2001, que são, respectivamente, 47 e 48 acidentes diários em média.

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