Chuva, barro, frio, mas muita disposição. Esses foram os elementos que centenas de fiéis encontraram ontem na tradicional Missa da Paz, realizada todo dia 1.º de maio há quase 60 anos, no Parque Estadual da Serra da Baitaca, em Quatro Barras, Região Metropolitana de Curitiba. Pela terceira vez consecutiva a celebração aconteceu no Morro da Samambaia.

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Por causa da garoa, a subida ficou complicada e perigosa, já que em muitos pontos a trilha virou um lamaçal. Cenas de tombos se repetiam a cada momento. Mesmo assim, 240 pessoas assistiram à primeira missa pela manhã. A celebração da tarde contou com o mesmo número de pessoas.

As dificuldades encontradas pelos fiéis serviram de motivação para chegar até o cume e acompanhar a celebração. O casal Laisson Santos e Gabriela Silva, que saiu de Piraquara para participar pela primeira vez do evento, chegou por volta de 9h15 ao topo do morro.

Depois de encarar uma hora e meia de subida pela trilha, eles contaram que a dificuldade foi permanecer por lá até o final da missa. “Estava muito frio. Parecia que a gente ia congelar. Mas valeu a pena”, disse Santos.

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Já o estudante Fernando do Nascimento Valença contou que todo ano participa da missa. Dessa vez, a subida estava mais complicada que nos anos anteriores. “Por causa da garoa, a trilha ficou muito lisa e perigosa. Para quem é iniciante e não tem preparo físico, ficou muito difícil.”

O padre Rodinei Thomazella, que celebrou a Missa da Paz de número 58, se surpreendeu com o número de pessoas que compareceram, por causa do mau tempo. “Acredito que elas reconhecem que vale a pena fazer o sacrifício e rezar pela paz”, disse.

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Em função do feriado em alusão ao Dia do Trabalhador, o sacerdote lembrou o momento de crise que ameaça os empregos. “Aproveitamos para orar pelos desempregados e pela justiça no trabalho.”

Cuidados

De acordo com o secretário de Meio Ambiente de Quatro Barras, Laertes Andreata, cerca de 60 pessoas participaram dos trabalhos de apoio do evento. Segundo ele, foi assinado um termo de cooperação técnica entre a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP). “Isso possibilitou um trabalho conjunto entre os órgãos que nos permitiu otimizar as ações de preservação do meio ambiente e de apoio aos visitantes.”

Andreata comenta que os trabalhos em conjunto são importantes porque o evento deixou de ser local e já se tornou um evento religioso do Estado. “Neste ano, tivemos o cadastramento de pessoas de Santa Catarina. Isso mostra o quanto o planejamento e a preparação para receber os visitantes são importantes.”